fazer uma redação sobre A pressa nossa de cada dia, o tempo na contemporaneidade.
me ajudem pffffffffffffff
Soluções para a tarefa
Resposta:
não há nada que diferencie tanto a sociedade ocidental de nossos dias das sociedades mais antigasda Europa e do Oriente do que o conceito de tempo. Tanto para os antigos gregos e chineses quanto paraos nômades árabes ou para o peão mexicano de hoje, o tempo é representado pelos processos cíclicos danatureza, pela sucessão dos dias e das noites, pela passagem das estações. Os nômades e os fazendeiros costumavam medir e ainda hoje o fazem seu dia do amanhecer até o crepúsculo e os anos em termosde tempo de plantar e de colher, das folhas que caem e do gelo derretendo nos lagos e rios. O homem docampo trabalhava em harmonia com os elementos, como um artesão, durante tanto tempo quanto julgassenecessário. O homem ocidental civilizado, entretanto, vive num mundo que gira de acordo com os símbolosmecânicos e matemáticos das horas marcadas pelo relógio. É ele que vai determinar seus movimentos edificultar suas ações. O relógio transformou o tempo, transformando o de um processo natural em umamercadoria que pode ser comprada, vendida e medida como um sabonete ou um punhado de passas deuvas. Se não houvesse um meio para marcar as horas com exatidão, o capitalismo industrial nunca poderiater se desenvolvido, nem teria continuado a explorar os trabalhadores. O relógio representa um elementode ditadura mecânica na vida do homem moderno, mais poderoso do que qualquer outro explorador isoladoou do que qualquer outra máquina.O homem que não conseguir ajustar se deve enfrentar a desaprovação da sociedade e a ruínaeconômica a menos que abandone tudo, passando a ser um dissidente para o qual o tempo deixa de serimportante. O operário transforma se em um especialista em “olhar o relógio”, preocupado apenas em saberquando poderá escapar para gozar as escassas e monótonas formas de lazer que a sociedade industrial lheproporciona; para “matar o tempo”, programará tantas atividades mecânicas com tempo marcado comoir ao cinema, ouvir rádio e ler jornais quanto permitir o seu salário e o seu cansaço. Agora são osmovimentos do relógio que vão determinar o ritmo da vida do ser humano.George Woodcock. A ditadura do relógio. In: Os grandes escritosanarquistas. Porto Alegre: L&PM Editores (com adaptações).Vive, dizes, no presente,Vive só no presente.Mas eu não quero o presente, quero a realidade;Quero as cousas que existem, não o tempo que as mede.O que é o presente?É uma cousa relativa ao passado e ao futuro.É uma cousa que existe em virtude de outras cousas existirem.Eu quero só a realidade, as cousas sem presente.Não quero incluir o tempo no meu esquema.Não quero pensar nas cousas como presentes; quero pensarnelas como cousas.Não quero separá las de si próprias, tratando as por presentes.