fazer uma redação do preconceito contra os negros no Brasil
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Ninguém se considera racista, mas conhece algum. É evidente que a sociedade brasileira ainda carrega esse preconceito racial, trazido desde o século XIX, quando a Lei Áurea de 1888 pôs fim a escravidão, mas não a liberdade efetiva dos negros, escravos.
Uma pesquisa realizada em São Paulo em 1988, mostrou que a população brasileira possui um preconceito étnico-racial “mascarado” um “apartheid invisível”, na qual 97% dos entrevistados afirmaram não ter preconceito e 98% dos mesmos disseram conhecer outras pessoas que tinham, preconceito. Isso só vem ratificar que mesmo após 400 anos do fim da escravidão ainda somos discriminadores raciais e além de tudo não aceitamos a nossa identidade. Os africanos que chegaram no Brasil no período da colonização influenciaram na cultura, na construção da identidade brasileira.
No século XIX, predominava o ideal de uma sociedade civilizada, que possuía como modelo a cultura europeia -maioria branca- fato que ficou evidenciado com a imigração de europeus para o “embranquecimento” da população brasileira. Esse ideal, portanto, contribuiu para a existência de um sentimento contrário aos negros, sentimento este que se manifestava pela repressão às suas atividades culturais e pela restrição de acesso a certos ramos profissionais.
A naturalização da desigualdade social é tratada no livro A Ralé Brasileira, de Jessé Souza, o autor expõe uma sociedade discriminatória que classifica seres humanos em diferentes categorias, de acordo com sua posição econômica e étnica, marginalizando as pessoas descendentes de africanos, prejudicando-os na ascensão econômica.