Fazer um texto relacionando a dúvida de Descartes e o Existencialismo de Jean - Paul Sartre
Soluções para a tarefa
"O Discurso do Método", obra de René Descartes, é publicado em 1637 e pode-se dizer que é um dos textos mais conhecidos deste pensador, que pertence a uma corrente racionalista e recebe também o título de Fundador da Filosofia. O racionalismo privilegia o pensamento lógico como forma de explicação da realidade – algo novo para o homem recém-saído da Idade Média e ainda submetido à autoridade intelectual eclesiástica. A obra foi escrita originalmente em francês, algo incomum para o período, visto que, embora o francês fosse um idioma popular, Descartes é um dos primeiros pensadores a escrever filosofia em primeira pessoa e em seu idioma. Como era comum que autores europeus preservassem o Latim, podemos dizer que Descartes consegue popularizar a filosofia em seu período, uma vez que nem todos dominavam o latim, e a leitura em francês se tornara muito mais palpável.
O racionalismo de Descartes o leva a uma dúvida em relação ao mundo e tudo o que dele faz parte. Desta forma, se vê comprometido a afastar-se de tudo aquilo que até então fora estabelecido e dado como certo. O filósofo inicia este caminho a partir dela mesma, a dúvida, ou seja, é preciso duvidar para chegar à certeza das coisas. Partindo deste pressuposto, ele supõe que todas as coisas que vê são falsas e persuade-se de que tudo que até ali se apresentou não existia e, por conseguinte, despreza, ao menos inicialmente,todos os sentidos, para então recomeçar do zero.
O EXISTENCIALISMO DE SARTRE
FILOSOFIA
O existencialismo de Sartre, pensamento separativista da percepção e da imaginação, A Existência precede a essência, pensamento desenvolvido em o ser e o nada.

“Não somos aquilo que fizeram de nós, mas o que fazemos com o que fizeram de nós”, ou ainda;
"O importante não é o que fazemos de nós, mas o que nós fazemos daquilo que fazem de nós." JEAN PAUL SARTRE (1905-1980).
Antes de chegar nesta tão celebre frase, Sartre passou por toda uma construção anterior desse pensamento desembocando posteriormente no pensamento conhecido como existencialista. Em L´Imaginaire desenvolve um pensamento separativista da percepção e da imaginação, em L´Être et le néant contesta o subconsciente freudiano desvinculando-se do determinismo religioso,e no qual no decorrer da leitura vê-se o cerne da idéia posterior de responsabilizar o homem pelos seus próprios atos expondo a idéia de liberdade como um aprisionamento do ser (“Não somos livres de ser livres”) já que o homem é o único ser capaz de criar o nada:
“Ao tomar uma decisão, percebo com angústia que nada me impede de voltar atrás. Minha liberdade é o único fundamento dos valores.”
Desta forma gera no homem a angustia de saber que nada o impede de voltar atrás, o medo de arcar com sua própria liberdade. Assim, condenados a uma liberdade insatisfatória, jamais alcançando o que realmente desejamos sendo, portanto, uma liberdade irrealizável.
A Existência precede a essência?
Para o pensamento de Sartre Deus não existe, portanto o homem nasce despido de tudo, qual seja um ser que existe antes de poder ser definido por qualquer conceito, e que este ser é o homem, o que significa que o homem primeiramente existe, se descobre, surge no mundo; e que só depois se define. Assim, não há natureza humana, visto que não há Deus para concebê-la, a única natureza pré-existente é a biológica, ou seja; a sobrevivência, o resto se adquire de tal forma que não vem do sujeito é ensinado a ele pelo mundo exterior.
Se Deus não existe não encontramos, já prontos, valores ou ordens que possam legitimar a nossa conduta. Assim não teremos justificativa para nosso comportamento. Estamos sós, sem desculpas.
É o que posso expressar dizendo que o homem está condenado a ser livre (pensamento desenvolvido em o ser e o nada). Condenado, porque não se criou a si mesmo, mas por estar livre no mundo estamos condenados a ser livres, mas se verdadeiramente a existência precede a essência, o homem é responsável por aquilo que é, ou seja;
“Não somos aquilo que fizeram de nós, mas o que fazemos com o que fizeram de nós”.