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O livro “O Pequeno Príncipe”, foi escrito pelo Francês Antoine de Saint-Exupéry a mais de 70 anos e é considerado um clássico e toma como base um sentido utópico que promete ser um “remédio” para entender o verdadeiro sentido da vida. A história narra fatos da experiência de um piloto que cai no deserto após uma pane em seu avião e ali encontra uma criança de cabelos loiros e enorme fragilidade. A criança em sua tamanha doçura alega ter vindo de um pequeno planeta distante e aos seus relatos de vida faz a si mesmo e ao piloto repensar seus valores, dando a suas vidas a partir daquele momento um novo sentido.
Este clássico do século XX traz uma reflexão conjunta ao que vive a sociedade de hoje, com relatos alegóricos que vão de encontro à problemática enfrentada pela sociedade atual. Já no primeiro momento o piloto conta sobre uma fase da sua infância, onde quando criança desenhou uma cobra que havia comido um elefante, ao questionar os adultos se seu desenho dava medo ele foi reprimido e aconselhado a deixar de lado a mania de desenhar e se dedicar a estudos na área de matemática, gramática, geografia e história, fato que mais tarde o tornou piloto de avião e não desenhista.
Na sequência do livro o autor conta o relato da viagem do pequeno garoto, do seu planeta até encontrar o piloto. Durante sua viagem o garoto parou em sete planetas e em cada um encontrava a figura de um personagem que está diretamente associada às figuras da nossa sociedade e a questões vivenciadas atualmente. No primeiro planeta aparece a figura de um monarca, que em sua ignorância deseja que todo visitante obedeça fielmente suas ordens; no segundo planeta aparece a figura de um homem vaidoso que só escuta o que as pessoas dizem quando é um elogio; no terceiro planeta ele encontra um bêbado que alega manter o vicio pela própria vergonha de beber; no quarto planeta aparece um homem de negócios que se mostra tão ocupado que não tem tempo para ouvir o pequeno garoto; no quinto planeta um homem acende e apaga um lampião alegando que é uma espécie de regulamento; no sexto planeta aparece a figura de um geógrafo que não conhece seu próprio planeta, com a justificativa que nunca sai do seu escritório por não ser sua função; no sétimo e ultimo planeta, o planeta Terra, o pequeno príncipe encontra figuras que representam perfeitamente os encontrados nos outros seis planetas.
De forma alegórica o autor traz pontos no livro que vão de encontro ao que vive hoje a sociedade, onde observamos pessoas e empresas como o monarca e o homem de negócios que querem estar sempre no poder, querendo sempre dar as ordens e ditar as regras, se importando apenas com o lucro e o crescimento pessoal. Na parte vivida pelo pequeno príncipe na terra, o autor traz ainda questões sobre a relação entre as pessoas, evidenciando que as elas não tem mais tempo umas para as outras e querem tudo pronto, as pessoas querem ter amigos mais não querem fazer amizades. Do ponto de vista das relações as pessoas não conseguem enxergar quão única pode ser uma pessoa e o tamanho da importância de se construir uma amizade. Fazendo com que as relações sejam frágeis e curtas. O livro traz uma reflexão da sociedade e uma critica de que as pessoas precisam ser mais humanas, que as relações devem ter maior interação e menor superficialidade, além disso, serve como um alerta que se encaixa nos mais diversões padrões da sociedade, seja ele pessoal, social e político.