fazer um cordel de geografia
Soluções para a tarefa
A literatura de cordel e o repente atuaram como veículo de comunicação de massa responsável
pela difusão da cultura popular no interior do nordeste e isso já faz mais um século. Sobretudo
a partir dos anos de 1960 este gênero artístico fez despertar o interesse de pesquisadores e
educadores para sua utilização em sala em aula como recurso didático-metodológico.
Atualmente, pensadores, professores e cordelistas são unânimes com relação a propostas de
haver uma necessária mudança na educação de maneira que possa contemplar as esta cultura
nos currículos e planos escolares, obedecendo as especificidades locais desta região do Brasil.
Um exemplo disso está no pensamento do cordelista MANOEL MONTEIRO (2007), de
Campina Grande, que defende a introdução do cordel nas escolas como mecanismo de
educação e valorização da cultura regional. No caso da Geografia, não será nem um obstáculo
encontrar conteúdos pertinentes, pois já há um vasto acervo publicado em cordel e que pode
ser utilizado como recurso didático em temas de aulas e dinâmicas com o alunado. Facilmente
encontramos temas como: atualidades, fenômenos naturais, folclore, lendas, ficção, entre
outros, ligados diretamente ao nordeste e a Paraíba, porém longe do acesso ao público
estudantil. Porque não associar uma leitura fácil e agradável que é o cordel com esta disciplina
que une homem e natureza. Alem da preservação da identidade e dos costumes regionais há
com isso a socialização do conhecimento, o que pode perpetuar por gerações este estilo
artístico-cultural seriamente ameaçado de sofrer um desgaste criminoso por parte de modelos
modernistas de desenvolvimento e do consumo demasiado de culturas exóticas, mostrados na
grande mídia brasileira e na internet. É antididático dar ênfase maior ao estudo de lugares
distantes, menosprezando a realidade vivida ao redor das escolas e das pessoas que dela
usufruem; também é contra os princípios da didática e das boas práticas do saber permitir que
os professores continuem desconectados e descontextualizados com a realidade e
necessidade de novos olhares. Sem a introdução de novos recursos e a interação cultural
somente reforçarão a condição imposta por currículos engessados, pacotes educacionais
prontos e formulados para serem aplicados nas “caixas de memória descartáveis” dos
estudantes. As práticas escolares no nordeste seguem sem o mínimo de entrelaçamento com a
sociedade nordestino celeiro das artes nesse país e isso tem acarretado prejuízos na relação
com o aluno, na construção do conhecimento coletivo
CORDEL:
Estudando Geografia Seja em qualquer dimensão Estado, País, Continente Veja a localização Pegue o mapa mundi Tenha uma ampla visão. Para localizar-se no espaço Existem algumas questões De dia observe o sol E a noite as constelações Nunca venha esquecer Dessas orientações. Vamos todos aprender E a dúvida eliminar Procure usar a bússola Pra sempre se orientar Pois em qualquer posição Ao norte vai apontar. Para construir a bússola É bem fácil de montar Com prato água e agulha Com imã para imantar Ponha sobre o isopor Que ao norte vai apontar. Elimine toda a dúvida Não queira continuar Tanto professor e aluno Procure se orientar Usando a rosa dos ventos Pra direção encontrar. Na rosa dos ventos vemos Quatro pontos cardeais Norte-sul, leste-oeste Também os colaterais Veja que também existe Pontos subcolaterais. Se na Geografia física Você tiver sintonia Verás que é importante Estudar cartografia Visualizar os mapas Sabendo suas simetrias. Em todos os mapas existem É bem fácil de encontrar Os dois tipos de escalas Todos têm que apresentar A gráfica e a numérica Elas não podem faltar. Através dessa escala Podemos nos orientar Tendo a noção de tamanho Que os mapas vão apresentar Por isso tenha atenção Procure visualizar. Ao analisar os mapas Lembre-se que tem ficção As várias linhas que vemos É tudo imaginação Sendo todas necessárias Pra melhor compreensão. Juarês Alencar Pereira.abrir ecommerce