História, perguntado por franciscoguimaraesg2, 4 meses atrás

Fazem um texto da situação dos trabalhadores no mundo atual

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Respondido por kimaisha629
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Diante da escalada dos eventos nos últimos meses associados à pandemia do coronavírus, o nível de incerteza em relação ao desempenho da economia brasileira tem se elevado de forma extraordinária e irá gerar grandes distorções no país, em especial no mercado de trabalho. Desse modo, faz-se necessário, mais do que nunca, a análise de pesquisas de alta frequência, de modo a ter estimativas mais precisas do impacto da crise ao longo dos últimos meses.

(este artigo foi redigido antes da divulgação, esta semana, 23 a 27/11, dos dados do Caged de outubro e da PNAD-C do terceiro trimestre)

O IBGE divulga regularmente, a partir dos dados da PNAD Contínua, os principais indicadores de mercado de trabalho, permitindo assim uma análise completa do atual momento do emprego no país. Esses dados divulgados mensalmente, no entanto, se referem sempre ao trimestre móvel, de modo que temos, para cada mês, a média de diversas variáveis no mês de referência e nos dois anteriores.

Diante do atual cenário de elevadas distorções causadas pelo avanço da pandemia do coronavírus, as informações de alta frequência são cada vez mais relevantes para que possamos entender os seus desdobramentos na economia brasileira. Em função disso, diversos pesquisadores têm estudado formas de mensalizar os indicadores da PNAD Contínua, de modo a terem informações mais precisas do atual momento do mercado de trabalho brasileiro, eliminando, assim, os efeitos da média móvel e obtendo fatos estilizados para cada um dos meses. Dentre esses trabalhos, podemos citar o artigo proposto por Hecksher (2020a), pesquisador do IPEA, e o trabalho proposto no Box do Relatório de Inflação de junho de 2020, divulgado pelo Banco Central, que, embora usem métodos diferentes, encontram resultados similares.

O objetivo deste texto é aplicar a metodologia proposta pelo Banco Central a fim de que possamos traçar um diagnóstico dos principais movimentos do mercado de trabalho no Brasil nos últimos meses. Tal como proposto pelo Banco Central, para mensalizar as informações da PNAD Contínua iremos utilizar um modelo de espaço de estado para mensalização da série de média móvel trimestral. Diante disso, neste texto, analisaremos as informações das séries com e sem ajuste sazonal, junto aos níveis da PNAD Covid-19, como mostrado no Gráfico abaixo.

O gráfico acima mostra níveis razoavelmente deslocados entre as séries mensais da PNAD Contínua e da PNAD Covid-19, que, no entanto, têm tendência semelhante, de modo que podemos afirmar que a segunda tem capacidade de antecipar as variações da primeira. Como podemos ver, a taxa de desocupação mostrou uma tendência de alta entre os meses de maio e agosto em ambas as pesquisas, além de uma nova alta registrada na PNAD Covid-19 em setembro. Como tal indicador é resultado de movimentos na população ocupada e na força de trabalho, essas variáveis são apresentadas abaixo, em ambas as pesquisas.

Podemos notar que, após o início da pandemia, houve forte retração do emprego no país. Com níveis semelhantes nos primeiros dois meses em 2020, a população ocupada no Brasil apresentou forte queda entre fevereiro e julho, passando de 93 milhões para pouco mais de 80 milhões, respectivamente. Por outro lado, no mesmo período, a força de trabalho, composta por adultos ocupados e procurando ocupação, também caiu fortemente, de quase 106 milhões para 94 milhões. Portanto, enquanto 13 milhões de ocupações foram perdidas, 12 milhões de trabalhadores saíram da força de trabalho – sendo a diferença de cerca de um milhão correspondente ao crescimento do número de desocupados no país.

Por outro lado, entre julho e agosto de 2020, a PNAD Contínua apresentou pequena alta tanto no número de desocupados quanto na força de trabalho, mostrando o início de possível processo de retomada do mercado de trabalho. A PNAD Covid-19, em sua edição mensal, apresenta níveis e tendências muito semelhantes aos da PNAD Contínua, tanto em sua queda quanto na recuperação, que antecedem uma nova variação positiva em setembro.

etc.

Veja completo:

https://blogdoibre.fgv.br/posts/mercado-de-trabalho-no-brasil-situacao-atual-e-desafios-para-o-futuro

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