faz uma redação sobre o agro negocio mais sem pegar texto na net fazendo favor
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Comerciais de TV do agronegócio são bons. Mas nem todos falam a verdade
Leonardo Sakamoto
Campos dourados de trigo ceifados por jovens de cabelos esvoaçantes e unhas milimetricamente bem feitas. Veadinhos saltitantes, roubando uma ou outra rama de uma plantação para alimentar seus filhotes. O ruído da água correndo por córregos cristalinos em harmonia com o farfalhar das folhas respondendo aosrecados do vento e a um ou outro onipresente sabiá-laranjeira. Trabalhadores sorridentes, comunidades felizes, povo em êxtase. No final, um artista com a credibilidade de quem faz sucesso na novela das 21h aparece na casa de uma família-margarina na hora do jantar e, mesa farta e posta, diz que devemos um “muito obrigado” à agricultura brasileira.
Nessa hora, você tem vontade de ficar de pé eaplaudir. E uma lágrima se desprende, quase sem querer… Comerciais que promovem o agronegócio são bons pacas, pois contam com recursos financeiros para serem realizados.
Longe de mim afirmar que a agricultura não é importante para o Brasil e para o mundo. É fundamental, talvez a mais fundamental das atividades humanas – depois dos humoristas. Contudo, não existe uma única agricultura, mas várias,dependendo de sua natureza e finalidade. Ela pode incluir e ser voltada à promoção da dignidade humana ou excluir e ser dela carrasco. E, se for o último caso, dificilmente aparecerão em comerciais de TV. É raro a agricultura familiar aparecer no horário nobre.
Em resposta a eles, foi lançado no YouTube um vídeo que, segundo seus produtores, ”explica o círculo vicioso do lucro ruralista, que gerapouco emprego, não nos alimenta e ainda escraviza pessoas e animais”. Alguns vão ficar irritados, outros acharão graça. Você pode não concordar, mas é necessário que sejam produzidos contrapontos aos discursos que mitificam atividades econômicas como se estivessem acima do bem e do mal.
Empresas e entidades ligadas ao agronegóciolançaram, tempos atrás, uma grande campanha de mídia para tentar reverter a imagem negativa do setor, contando com atores globais. O Movimento de Valorização do Agronegócio Brasileiro – Sou Agro envolveu também a produção de notícias e o desenvolvimento de pesquisas. A verdade é que, para mudar a imagem do grande agronegócio, que não vai lá muito bem com assassinatos de trabalhadores rurais,tratoradas sobre o Código Florestal, o trabalho escravo velho de guerra, noves fora as questões de concentração fundiária de sempre, qualquer campanha tem que ser longa.
O Brasil não conseguiu garantir padrões mínimos de qualidade de vida aos seus trabalhadores rurais, principalmente aqueles em atividades vinculadas ao agronegócio monocultor e exportador. Ocorrências de trabalho escravo, infantile degradante, superexploração do trabalho, remuneração insuficiente para as necessidades básicas são registradas com freqüência. Prisões, ameaças de morte e assassinatos de lideranças rurais e membros de movimentos sociais que reagem a esse quadro também são constantes e ocorrem quase semanalmente. A estrutura fundiária extremamente concentrada também funciona como uma política de reserva de mãode obra, garantindo sempre disponibilidade e baixo custo da força de trabalho para as grandes propriedades rurais.
parte do agronegócio brasileiro ainda não consegue operar com práticas sustentáveis ,fazendo com que o meio ambiente sofra as consequências do desmatamento ilegal ,da contaminação po r agrotóxicos ,do assoreamento e poluição de cursos d'água,entre outros.
Leonardo Sakamoto
Campos dourados de trigo ceifados por jovens de cabelos esvoaçantes e unhas milimetricamente bem feitas. Veadinhos saltitantes, roubando uma ou outra rama de uma plantação para alimentar seus filhotes. O ruído da água correndo por córregos cristalinos em harmonia com o farfalhar das folhas respondendo aosrecados do vento e a um ou outro onipresente sabiá-laranjeira. Trabalhadores sorridentes, comunidades felizes, povo em êxtase. No final, um artista com a credibilidade de quem faz sucesso na novela das 21h aparece na casa de uma família-margarina na hora do jantar e, mesa farta e posta, diz que devemos um “muito obrigado” à agricultura brasileira.
Nessa hora, você tem vontade de ficar de pé eaplaudir. E uma lágrima se desprende, quase sem querer… Comerciais que promovem o agronegócio são bons pacas, pois contam com recursos financeiros para serem realizados.
Longe de mim afirmar que a agricultura não é importante para o Brasil e para o mundo. É fundamental, talvez a mais fundamental das atividades humanas – depois dos humoristas. Contudo, não existe uma única agricultura, mas várias,dependendo de sua natureza e finalidade. Ela pode incluir e ser voltada à promoção da dignidade humana ou excluir e ser dela carrasco. E, se for o último caso, dificilmente aparecerão em comerciais de TV. É raro a agricultura familiar aparecer no horário nobre.
Em resposta a eles, foi lançado no YouTube um vídeo que, segundo seus produtores, ”explica o círculo vicioso do lucro ruralista, que gerapouco emprego, não nos alimenta e ainda escraviza pessoas e animais”. Alguns vão ficar irritados, outros acharão graça. Você pode não concordar, mas é necessário que sejam produzidos contrapontos aos discursos que mitificam atividades econômicas como se estivessem acima do bem e do mal.
Empresas e entidades ligadas ao agronegóciolançaram, tempos atrás, uma grande campanha de mídia para tentar reverter a imagem negativa do setor, contando com atores globais. O Movimento de Valorização do Agronegócio Brasileiro – Sou Agro envolveu também a produção de notícias e o desenvolvimento de pesquisas. A verdade é que, para mudar a imagem do grande agronegócio, que não vai lá muito bem com assassinatos de trabalhadores rurais,tratoradas sobre o Código Florestal, o trabalho escravo velho de guerra, noves fora as questões de concentração fundiária de sempre, qualquer campanha tem que ser longa.
O Brasil não conseguiu garantir padrões mínimos de qualidade de vida aos seus trabalhadores rurais, principalmente aqueles em atividades vinculadas ao agronegócio monocultor e exportador. Ocorrências de trabalho escravo, infantile degradante, superexploração do trabalho, remuneração insuficiente para as necessidades básicas são registradas com freqüência. Prisões, ameaças de morte e assassinatos de lideranças rurais e membros de movimentos sociais que reagem a esse quadro também são constantes e ocorrem quase semanalmente. A estrutura fundiária extremamente concentrada também funciona como uma política de reserva de mãode obra, garantindo sempre disponibilidade e baixo custo da força de trabalho para as grandes propriedades rurais.
parte do agronegócio brasileiro ainda não consegue operar com práticas sustentáveis ,fazendo com que o meio ambiente sofra as consequências do desmatamento ilegal ,da contaminação po r agrotóxicos ,do assoreamento e poluição de cursos d'água,entre outros.
AngelCollins:
- Angel Collins
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