História, perguntado por lauraa29, 1 ano atrás

fatores que motivaram a imigração para o Brasil no século xix e xx

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Respondido por lucianasarahlameira1
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O objetivo deste artigo é mostrar as inter-relações entre a expansão cafeeira, a ampliação da rede ferroviária e o crescimento populacional no estado de São Paulo na virada do século XIX para o século XX, destacando o papel da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil no processo de expansão agrícola, principalmente do café, e de crescimento populacional na região por ela atravessada.  

A ferrovia Noroeste do Brasil, que liga as cidades de Bauru (SP) e Corumbá (MS), começou a ser construída em 1905, atingindo Porto Esperança (MS) no ano de 1914, quando completou 1.272 quilômetros de extensão.  

O período que compreende as duas últimas décadas do século XIX e o início do século XX marca o fortalecimento no estado de São Paulo do trinômio: cultura cafeeira, expansão ferroviária e crescimento populacional (imigração).  

Através do Vale do Paraíba, o café penetra no estado de São Paulo no início do século XIX, vindo da região de Vassouras (RJ). Rapidamente a cultura cafeeira se alastra atingindo o centro-oeste paulista, de modo que, a partir de meados do século XIX, o café já era o principal produto comercial brasileiro, chegando a representar 3/4 do valor das exportações. A introdução das ferrovias, a vinda em massa de imigrantes e a disponibilidade de terras foram fatores decisivos que levaram a esse grande desenvolvimento da cultura cafeeira.[*1]  

O decênio de 1880-1890 é o de maior desenvolvimento ferroviário para o estado de São Paulo[*2], e é neste mesmo decênio, não por acaso, que surgem os grandes centros cafeeiros de Limeira, São Carlos, Araraquara, Descalvado, Jaboticabal e Ribeirão Preto. Por outro lado, no que se refere ao povoamento do estado, é nesse momento que ocorre a migração em massa de mineiros e cariocas para o oeste paulista, além da chegada vultosa de imigrantes. Dessa forma, motivada pelo café e ajudada pela expansão das ferrovias, por volta de 1885, toda a região centro-oriental paulista já estava efetivamente ocupada.[*3] O desenvolvimento do estado de São Paulo nesses dez anos foi notável: o comércio aumentou três vezes, houve considerável crescimento populacional, a produção cafeeira do estado representava metade de toda a brasileira, e a imigração apresentava resultados significativos.[*4]  

Com o café atingindo regiões cada vez mais distantes do litoral, o que era possível graças à abundância de terras de solo ainda virgem, as ferrovias surgiram para auxiliar a produção cafeeira já existente, tornando o transporte mais rápido, seguro e barato da produção com destino ao porto de Santos.[*5]  

Essa estreita ligação explica o fato de a maioria das ferrovias paulistas terem sido construídas com capitais levantados na própria província, com pessoas ligadas ao café. É o caso das estradas de ferro Paulista, Mogiana e Sorocabana, que foram organizadas e financiadas pelos grandes cafeicultores paulistas e seus aliados no comércio e governos locais[*6]; além das pequenas ferrovias que surgiram na década de 1890, construídas para atender aos interesses de grandes fazendeiros, pois as mesmas passavam na frente de suas terras, sendo verdadeiras “cata-café”.[*7]  

A Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, que começa a ser construída apenas em 1905, foi criada, ao contrário das outras grandes ferrovias paulistas, para ser uma ferrovia de penetração, buscando novas áreas para a agricultura e povoamento.  

Até 1890, o café era quem ditava o traçado das ferrovias, que eram vistas apenas como auxiliadoras da produção cafeeira. Após 1890, há uma inversão nessa ordem e as estradas de ferro agora passam a ser construídas tendo a função de abrir novas áreas para a expansão agrícola, principalmente do café, e conseqüentemente para o povoamento e comércio de terras. Além da Noroeste, um outro exemplo de ferrovia que penetrou no chamado “sertão desconhecido” foi a Sorocabana, que prolongou seus trilhos atingindo o sudoeste paulista.[*8]  

Ao mesmo tempo em que a produção cafeeira crescia e as ferrovias se multiplicavam, o crescimento populacional acompanhava tal expansão. A necessidade de um maior contingente de mão-de-obra para a lavoura leva os cafeicultores a exercerem uma política de incentivo à imigração, sendo os imigrantes “parcela importante da mão-de-obra das fazendas de café”.[*9] O povoamento tendia a acompanhar as ferrovias e a produção cafeeira. Em áreas onde o café já estava em decadência, como é o caso da região do Vale do Paraíba após o início do século XX, a população permaneceu estável ou com um pequeno decréscimo.  

A partir do que foi dito até agora, podemos analisar a estreita relação entre o aumento demográfico das diferentes zonas cafeeiras com seus respectivos desenvolvimento econômico e expansão da via férrea.[*10] Nesse sentido, até 1890, as ferrovias buscavam áreas onde a produção cafeeira e a população eram maiores, já estando estabelecidas. Depois de 1890, as ferrovias precedem à produção e à população, abrindo novas áreas para que estas se estabelecessem.  

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Respondido por joaopaulooas
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Os fatores que mais contribuíram para a imigração para o Brasil foram:

  • Vagas de emprego no desenvolvimento industrial: cafeicultura e ferroviário.
  • Investimento de empresas multinacionais
  • Expansão da agricultura familiar e industrial

O que são correntes migratórias e quais seus efeitos?

As correntes migratórias são definidas como transações territoriais de pessoas que estão em busca de nova vida em outros países.

Muitos dos motivos são guerras, fome, escassez de emprego e qualidade de vida, entre outros.

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