(FAMEMA SP/2017) Nassau Senior, economista de renome, passou por Manchester em 1837, e assim descreveu o que viu: “Num lugar encontramos toda uma rua seguindo o curso de um canal, porque dessa forma era possível conseguir porões mais profundos, sem o custo de escavações, porões destinados não ao armazenamento de mercadorias ou de lixo, mas à residência de seres humanos. Nenhuma das casas dessa rua esteve isenta do cólera”. A média de vida era determinada pelo lugar onde se morava – segundo o relatório do Dr. P. H. Holland, que realizou uma investigação num subúrbio de Manchester, em 1844. “Quando verificamos ser a taxa de mortalidade quatro vezes maior em algumas ruas do que em outras, e duas vezes maior em grupos de ruas do que em outros, não podemos deixar de concluir que multidões de nossos irmãos, centenas de vizinhos próximos, são anualmente destruídos por falta das precauções mais simples”. O relatório alude aos resultados do planejamento urbano das metrópoles, cujo objetivo principal foi integrar socialmente a população trabalhadora das periferias. aos ideais do socialismo científico, que formulava críticas à organização industrial da produção, mas não oferecia meios práticos de mudança. às causas das epidemias nas áreas rurais da Inglaterra, devido à concentração dos camponeses em aldeias sob condições degradantes. aos efeitos sociais da industrialização, com a formação de bairros operários onde as condições de habitação e higiene eram precárias. aos motivos da distribuição de renda na economia britânica, devido ao aumento da massa salarial e da produtividade proporcionada pelas fábricas.
Soluções para a tarefa
Resposta:
Alternativa A
Explicação:
Resolução
Manchester, Birmingham e outras cidades inglesas
surgiram em consequência da Revolução Industrial
iniciada por volta de 1760. Nelas, próximos aos centros
fabris, surgiram bairros operários miseráveis, nos
quais se aglomeravam precariamente os operários e
suas famílias, em condições de promiscuidade e
insalubridade absolutamente desumanas. Esse foi o
aspecto mais sombrio das transformações resultantes
do processo de industrialização, dentro das condições
daquele que se convencionou chamar de “capitalismo
selvagem”. Este foi um produto de diversos fatores,
entre os quais podemos ressaltar o grande número de
desempregados, vítimas do êxodo rural provocado
pelos “cercamentos” e que se submetiam a uma
remuneração infíma, e a ganância dos empresários,
respaldada pelo individualismo inerente ao libera -
lismo burguês.
Resposta:
aos efeitos sociais da industrialização, com a formação de bairros operários em que as condições de habitação e higiene eram precárias.
Explicação:
O trecho dá dois relatos: um de um economista e outro de um médico, ambos sobre a área urbana de Manchester no período de 1837-1844. De saída, já se pode afirrmar, então, que as informações apresentadas são relativas à população urbana, e não rural. Pode-se eliminar a alternativa B. O relato do economista demonstra como as habitações destinadas a uma camada específica da população eram insalubres e sem qualquer tipo de planejamento prévio, “[...] era possível conseguir porões mais profundos, sem o custo de escavações, porões destinados não ao armazenamento de mercadorias ou de lixo, mas à residência de seres humanos [...]”, e como essa má habitação auxiliava na proliferação de doenças. Pode-se eliminar a alternativa D. No relato do médico, é informado que quanto piores as condições de habitação, pior era a taxa de mortalidade da população. Podem-se eliminar as alternativas C e E.