falem 6 características e 6 polemicas do projeto jari
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No ano de 1882, veio para o município de Almerim no Pará um jovem migrante cearense, chamado José Julio de Andrade que aos poucos consolidou suas atividades extrativistas em Almerim e no município vizinho Mazagão. Achando a região pouco ocupada, José Julio não teve muitos problemas para instalar-se e dominar o comercio extrativista da região. Aos poucos foi ocupando e tomando posse de uma área de aproximadamente um milhão e seiscentos mil hectares, (16.000km2) cuja via principal de acesso era o rio Jari. Para se ter idéia da área basta lembrar que o estado de Israel tem 21.000km2. Esta foi a área na qual o projeto Jari se desenvolveu.
O Coronel José Julio, como era conhecido, desenvolveu uma empresa que comercializava principalmente castanha do Pará e borracha obtidos nesta área.
Em 1948, já velho (pois morreu 4 anos depois em Portugal), vendeu suas terras a um grupo de cinco comerciantes portugueses e um brasileiro, que continuaram o mesmo sistema de extrativismo e comércio.
Em 1967, a então Jari Indústria e Comercio S/A, como era denominada, foi vendida ao armador americano Daniel Keith Ludwig que, indo contra a vontade de seus conselheiros econômicos, insistiu em estabelecer um empreendimento de grande porte na Amazônia.
Neste mesmo ano Ludwig concluiu as negociações com os proprietários e com o governo brasileiro, fundando então a Jari Florestal e Agropecuária Ltda., iniciando as atividades que passaram a ser conhecidas como o "Projeto Jari"
A finalidade maior do projeto era a produção de celulose e papel, para suprir uma demanda destes produtos que atingiria o seu pico em 1985 segundo seus informantes econômicos.
Foi planejado plantar uma área de cerca de 160.000 hectares, ou seja, 10% da área dominada, dos quais 100.000 foram plantados entre 1968 e 1982.
De acordo com os planos originais, uma fábrica de celulose foi projetada para funcionamento em 1978, sendo encomendada e construída pelos estaleiros Ishikawagima no Japão, sobre duas plataformas flutuantes, que foram rebocadas desde o Japão até Munguba no rio Jari, tendo atravessado o mar da China, os oceanos Pacífico, Índico e Atlântico, subindo o rio Amazonas até a sua confluência com o Jari, e o rio Jari até a localidade de Munguba, onde foram instaladas.
Numa das plataformas estava instalada a fábrica de celulose, com capacidade nominal de 220.000 toneladas de celulose branqueada de fibra curta por ano; na outra uma usina de força a vapor para gerar 55 megawatts de energia elétrica e o vapor necessário ao processo industrial.
Para os efluentes gasosos e líquidos da operação foi projetado um sofisticado sistema de tratamento e controle, incluindo uma lagoa de estabilização de 184 hectares, por onde os líquidos industriais percorrem 12 km, antes de desaguarem outra vez no rio, portanto sem causarem nenhuma poluição.
Paralelo a este empreendimento foi construída também uma planta de beneficiamento de caulim de alta qualidade, cujas jazidas foram encontradas a poucos quilômetros da fábrica, rio acima, na margem oposta, caulim este que serviria para branqueamento do papel, cuja fábrica seria construída numa segunda fase.
Como atividades agrícolas Ludwig desenvolveu o plantio de arroz nas áreas alagadas de várzea a jusante da fábrica, no rio Jari próximo à sua foz no Amazonas, complexo este totalmente mecanizado, aproveitando o sistema de marés que atingem o Amazonas e o rio Jari para encher e esvaziar as áreas plantadas.
Também desenvolveu uma pecuária de alta qualidade, com experimentos de inúmeros cruzamentos genéticos industriais, inclusive uma grande criação de búfalos, que geraram uma tecnologia totalmente desconhecida no mundo, e que hoje é modelo para várias áreas tropicais e até temperadas, tendo aumentado a sua capacidade reprodutiva de cerca de 60 a 70%, como era conhecida, para até 98%, através do conhecimento do estro das búfalas.
De hábitos simples e temperamento reservado, Ludwig desenvolveu suas atividades sem se preocupar com a imagem negativa que aos poucos o projeto foi adquirindo junto à opinião pública nacional e internacional.
No decorrer de 1981, desgostoso com o ambiente hostil que se formara contra ele e aborrecido com demoras inexplicáveis para obtenção da licença de construção de uma hidrelétrica e outras atividades necessárias ao projeto, o empresário suspendeu o fluxo de capital que havia mantido durante tantos anos e que, segundo os livros, passava de um bilhão de dólares, e iniciou suas providências para se afastar do Jari.
Diante dos fatos, o governo brasileiro, decidiu convocar um grupo de 23 empresas brasileiras para assumir o controle do projeto.
Dentre estas empresas estava a "Caemi" liderada por Augusto Trajano de Azevedo Antunes, o mesmo que anos antes organizara a Icomi, no Amapá, primeiro grande empreendimento bem sucedido na Amazôni.
O Coronel José Julio, como era conhecido, desenvolveu uma empresa que comercializava principalmente castanha do Pará e borracha obtidos nesta área.
Em 1948, já velho (pois morreu 4 anos depois em Portugal), vendeu suas terras a um grupo de cinco comerciantes portugueses e um brasileiro, que continuaram o mesmo sistema de extrativismo e comércio.
Em 1967, a então Jari Indústria e Comercio S/A, como era denominada, foi vendida ao armador americano Daniel Keith Ludwig que, indo contra a vontade de seus conselheiros econômicos, insistiu em estabelecer um empreendimento de grande porte na Amazônia.
Neste mesmo ano Ludwig concluiu as negociações com os proprietários e com o governo brasileiro, fundando então a Jari Florestal e Agropecuária Ltda., iniciando as atividades que passaram a ser conhecidas como o "Projeto Jari"
A finalidade maior do projeto era a produção de celulose e papel, para suprir uma demanda destes produtos que atingiria o seu pico em 1985 segundo seus informantes econômicos.
Foi planejado plantar uma área de cerca de 160.000 hectares, ou seja, 10% da área dominada, dos quais 100.000 foram plantados entre 1968 e 1982.
De acordo com os planos originais, uma fábrica de celulose foi projetada para funcionamento em 1978, sendo encomendada e construída pelos estaleiros Ishikawagima no Japão, sobre duas plataformas flutuantes, que foram rebocadas desde o Japão até Munguba no rio Jari, tendo atravessado o mar da China, os oceanos Pacífico, Índico e Atlântico, subindo o rio Amazonas até a sua confluência com o Jari, e o rio Jari até a localidade de Munguba, onde foram instaladas.
Numa das plataformas estava instalada a fábrica de celulose, com capacidade nominal de 220.000 toneladas de celulose branqueada de fibra curta por ano; na outra uma usina de força a vapor para gerar 55 megawatts de energia elétrica e o vapor necessário ao processo industrial.
Para os efluentes gasosos e líquidos da operação foi projetado um sofisticado sistema de tratamento e controle, incluindo uma lagoa de estabilização de 184 hectares, por onde os líquidos industriais percorrem 12 km, antes de desaguarem outra vez no rio, portanto sem causarem nenhuma poluição.
Paralelo a este empreendimento foi construída também uma planta de beneficiamento de caulim de alta qualidade, cujas jazidas foram encontradas a poucos quilômetros da fábrica, rio acima, na margem oposta, caulim este que serviria para branqueamento do papel, cuja fábrica seria construída numa segunda fase.
Como atividades agrícolas Ludwig desenvolveu o plantio de arroz nas áreas alagadas de várzea a jusante da fábrica, no rio Jari próximo à sua foz no Amazonas, complexo este totalmente mecanizado, aproveitando o sistema de marés que atingem o Amazonas e o rio Jari para encher e esvaziar as áreas plantadas.
Também desenvolveu uma pecuária de alta qualidade, com experimentos de inúmeros cruzamentos genéticos industriais, inclusive uma grande criação de búfalos, que geraram uma tecnologia totalmente desconhecida no mundo, e que hoje é modelo para várias áreas tropicais e até temperadas, tendo aumentado a sua capacidade reprodutiva de cerca de 60 a 70%, como era conhecida, para até 98%, através do conhecimento do estro das búfalas.
De hábitos simples e temperamento reservado, Ludwig desenvolveu suas atividades sem se preocupar com a imagem negativa que aos poucos o projeto foi adquirindo junto à opinião pública nacional e internacional.
No decorrer de 1981, desgostoso com o ambiente hostil que se formara contra ele e aborrecido com demoras inexplicáveis para obtenção da licença de construção de uma hidrelétrica e outras atividades necessárias ao projeto, o empresário suspendeu o fluxo de capital que havia mantido durante tantos anos e que, segundo os livros, passava de um bilhão de dólares, e iniciou suas providências para se afastar do Jari.
Diante dos fatos, o governo brasileiro, decidiu convocar um grupo de 23 empresas brasileiras para assumir o controle do projeto.
Dentre estas empresas estava a "Caemi" liderada por Augusto Trajano de Azevedo Antunes, o mesmo que anos antes organizara a Icomi, no Amapá, primeiro grande empreendimento bem sucedido na Amazôni.
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