História, perguntado por rudisleu, 1 ano atrás

fale um pouco sobre os povos nativos da jamaica

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Respondido por carvalhoalveslaura11
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Em 1494, quando Colombo chegou à ilha (chamando-a, então, de ilha de Santiago), encontrou-a habitada pelo povo Aruaque (Arawak), nela residente desde o século VII d. C. No entanto, com a chegada dos colonos espanhóis a partir de 1509, rapidamente os índios arauaques desapareceram por ação, sobretudo, das doenças européias, às quais eram bastante vulneráveis. O nome atual do país deriva do nome Xamayca, que significa "terra de madeira e água", que lhe foi dado pelo povo Arawak.

Juan de Esquivel empreendeu sua conquista, autorizado por Diego Colombo, filho do descobridor, em 1509. Depois de um período inicial em que a família Colombo ali exerceu poder absoluto, a ilha foi governada até 1655 pelos espanhóis. A ausência de ouro na região levou os espanhóis a dedicarem pouca atenção à ilha, utilizando-a sobretudo como base de abastecimento para colonos de outras áreas americanas. Os nativos da ilha foram exterminados, o que deu início à importação de escravos negros da África.

Pouco colonizada pelos espanhóis, a situação estratégica da ilha, nas rotas do comércio colonial, atraiu a atenção dos ingleses, e, em 1655, a Jamaica foi capturada pelo almirante William Penn e pelo general Robert Venables. Cinco anos mais tarde, todos os espanhóis tinham sido expulsos pelos ingleses, que desenvolveram a cultura da cana-de-açúcar. Contudo, a Inglaterra teve de lidar com a oposição dos antigos escravos dos colonos espanhóis, que se refugiaram nas montanhas do interior e aos quais se juntaram, posteriormente, os escravos que fugiam da dominação inglesa, conseguindo resistir às tropas invasoras durante 150 anos.

A antiga Port Royale (pré-1692).

De 1661 a 1459, a ilha foi virtualmente ocupada por bucaneiros (piratas que infestavam as Antilhas) com o consentimento da Inglaterra, já que durante esse período de tempo aqueles prestaram uma preciosa ajuda na defesa da ilha perante os sucessivos ataques de navios espanhóis. Da base em Port-Royal, no sudeste da ilha, os piratas se lançavam em ataques às Antilhas espanholas.

Com a assinatura do Tratado de Madrid, em 1670, no qual a Espanha reconhecia a soberania da Inglaterra sobre a Jamaica, os piratas passaram a ser perseguidos até a extinção. A partir de então, a ilha rapidamente se tornou na colônia mais valiosa, através do desenvolvimento efetuado na produção de açúcar e cacau. Em 1672 foi criada a Real Companhia Africana, à qual se concedeu o monopólio do tráfico de escravos, e a Jamaica se converteu num dos maiores centros do tráfico negreiro para a América do Sul, bem como o maior produtor de açúcar do século XVIII.

As antigas capitais da Jamaica são Port Royale, onde se acoitava o pirata Governor Morgan e que foi destruída por uma tempestade e um tremor de terra, e Spanish Town, na paróquia de St. Catherine, que foi o local da antiga capital colonial espanhola e da capital inglesa durante os séculos XVIII e XIX.

O apogeu econômico da Jamaica foi atingido durante a guerra que opôs a França à Inglaterra (1782-1806) e da qual esta saiu vencedora. No entanto, com a supressão do tráfico negreiro, em 1807, e a abolição da escravatura, em 1833, todas as explorações agrícolas existentes na ilha entraram em crise, já que a escassez de mão-de-obra implicou um aumento brutal dos custos de produção, que não eram cobertos pelo abaixamento de preços do açúcar e do cacau registado com o fim da guerra. O processo de decadência econômica, iniciado com a crise da produção de açúcar, se transformou em crise aguda quando a revogação dos privilégios aduaneiros (1846) causou a derrocada dos preços dos produtos das colônias britânicas, arruinando as grandes plantações.




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