Fale um pouco (com suas palavras), sobre as características e principais obras de Raimundo Correa: *
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Biografia de Raimundo Correia
Raimundo Correia (1859-1911) foi um poeta brasileiro, um dos mais destacados poetas do Parnasianismo, movimento essencialmente poético que reagiu contra os abusos sentimentalistas dos românticos.
Raimundo da Mota de Azevedo Correia, conhecido como Raimundo Correia, nasceu a bordo de um navio, na barra de Mangunça, município de Cururupu, Maranhão, no dia 13 de maio de 1859. Era filho do desembargador português José da Mota de Azevedo Correia, descendente do duque de Caminha, e de Maria Clara Vieira da Mota de Azevedo Corrêa.
Formação
Raimundo Correia estudou no curso secundário no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro. Em seguida, ingressou na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Nessa época, participou da fundação da Revista de Ciências e Letras, que já se opunha aos ideais românticos.
Foi um entusiasta pela causa abolicionista e republicana. Foi ardente liberal e admirador das ideias socialistas de Antero de Quental, sendo levado a declamar em público os seus poemas.
Carreira literária
Em 1879, ainda estudante, Raimundo Correia publicou “Primeiros Sonhos”, revelando forte influência de Gonçalves Dias, Castro Alves e de outros poetas românticos, recebendo críticas, porém, seus versos já anunciavam uma perspectiva de reformas, demonstrando grande preocupação com o formal.
Em 1882 formou-se em Direito. No ano seguinte, lançou seu segundo livro, Sinfonia (1883), com prefácio de Machado de Assis, assumindo o Parnasianismo propriamente dito, marcado pelo pessimismo e pelas reflexões de ordem moral e social.
Na coletânea de poemas da obra Sinfonia, encontram-se algumas das mais famosas poesias que o tornaram célebre, entre elas: As Pombas, Mal Secreto, Cavalgada e Americana.
No Parnasianismo brasileiro, Raimundo Correia é conhecido como o “Poeta das Pombas”. Junto com Alberto de Oliveira e Olavo Bilac forma a chamada tríade parnasiana.
Raimundo Correia é considerado o mais filósofo dos parnasianos. Procura solução para a problemática existencial, tentando explicar a vida cheia de angustias e desesperos. Por outro lado, é o poeta da natureza, exaltando-a através de estímulos sensoriais, como revelam os versos de Anoitecer: