Fale sobre o cresimento da população urbana?
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Até 2030, a ONU prevê que mais pessoas em todas as regiões do globo terão deixado as zonas rurais, mesmo na África e Ásia, que atualmente estão entre as menos urbanizadas do globo. O maior crescimento, como é de se esperar, vai ocorrer em países em desenvolvimento. Por volta do meio do século, o total da população urbana destes países vai mais que dobrar: de 2.5 bilhões em 2010 para 5.3 bilhões em 2050.
Para dar um exemplo do potencial desse processo, somente entre 1995 e 2005, a população das cidades nos países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento cresceu, em média, em 1.2 milhões por semana, ou cerca de 165 mil habitantes por dia.
E não pense que será a China ou a Índia a liderar esse novo paradigma. É a América Latina que vai estar na primeira posição do ranking mundial. No meio do século XXI, 91.4% da população dos países latinos estará vivendo em cidades, seguido pela Europa (90,7%) e América do Norte (90,2%). As regiões menos urbanizadas continuarão sendo Ásia (66.2%) e África (61.8%).
De maneira geral, em 2050, espera-se 86% da população de países ricos e 67% de habitantes de países pobres estejam vivendo fora do campo. Isto nos dá uma média de 75%, o que significa que três quartos da população mundial estarão empenhadas em ocupar áreas hoje cobertas por vegetação, devastando matas para criar espaços diminutos de sobrevivência ou favelas, utilizando recursos naturais sem restrição e despejando no solo seus detritos.
E quem pensa que o problema do crescimento no número de pessoas vivendo em cidades para neste aspecto pode ser considerado um otimista. O aumento no número absoluto de habitantes é apenas uma das facetas desse imenso abacaxi. Segundo o Banco Mundial, as cidades terão também de lidar com um não-sincronizado crescimento na área de terra utilizada.
Se a ONU prevê que o número absoluto de habitantes urbanos vai dobrar em 2030, em comparação com 2010, as contas do Banco Mundial indicam que a área global construída será três vezes maior, na mesma data. Isso significa um dramático crescimento na demanda por energia e custos de nova infra-estrutura, além dos outros tantos problemas associados.
É de perder o sono, não é?!
*Os dados apresentados nesta coluna fazem parte da pesquisa “(Mis)Informed cities? The urban level of climate change as reported on the pages of UK prestige press”, conduzida no âmbito do PressFellowship Programme – Easter Term 2011, da Universidade de Cambridge/UK
O crescimento das cidades é um processo irrefreável e, muito provavelmente, será irreversível. De acordo com o Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (UN-Habitat), a população urbana foi multiplicada por cinco entre 1950 e 2011 no mundo todo. Foi em 2007 que, pela primeira vez na história da humanidade, o número de pessoas vivendo em cidades ultrapassou a cifra daquelas baseadas no campo.
Até 2030, a ONU prevê que mais pessoas em todas as regiões do globo terão deixado as zonas rurais, mesmo na África e Ásia, que atualmente estão entre as menos urbanizadas do globo. O maior crescimento, como é de se esperar, vai ocorrer em países em desenvolvimento. Por volta do meio do século, o total da população urbana destes países vai mais que dobrar: de 2.5 bilhões em 2010 para 5.3 bilhões em 2050.
Para dar um exemplo do potencial desse processo, somente entre 1995 e 2005, a população das cidades nos países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento cresceu, em média, em 1.2 milhões por semana, ou cerca de 165 mil habitantes por dia.
E não pense que será a China ou a Índia a liderar esse novo paradigma. É a América Latina que vai estar na primeira posição do ranking mundial. No meio do século XXI, 91.4% da população dos países latinos estará vivendo em cidades, seguido pela Europa (90,7%) e América do Norte (90,2%). As regiões menos urbanizadas continuarão sendo Ásia (66.2%) e África (61.8%).
De maneira geral, em 2050, espera-se 86% da população de países ricos e 67% de habitantes de países pobres estejam vivendo fora do campo. Isto nos dá uma média de 75%, o que significa que três quartos da população mundial estarão empenhadas em ocupar áreas hoje cobertas por vegetação, devastando matas para criar espaços diminutos de sobrevivência ou favelas, utilizando recursos naturais sem restrição e despejando no solo seus detritos.
E quem pensa que o problema do crescimento no número de pessoas vivendo em cidades para neste aspecto pode ser considerado um otimista. O aumento no número absoluto de habitantes é apenas uma das facetas desse imenso abacaxi. Segundo o Banco Mundial, as cidades terão também de lidar com um não-sincronizado crescimento na área de terra utilizada.
Se a ONU prevê que o número absoluto de habitantes urbanos vai dobrar em 2030, em comparação com 2010, as contas do Banco Mundial indicam que a área global construída será três vezes maior, na mesma data. Isso significa um dramático crescimento na demanda por energia e custos de nova infra-estrutura, além dos outros tantos problemas associados.
É de perder o sono, não é?!
*Os dados apresentados nesta coluna fazem parte da pesquisa “(Mis)Informed cities? The urban level of climate change as reported on the pages of UK prestige press”, conduzida no âmbito do PressFellowship Programme – Easter Term 2011, da Universidade de Cambridge/UK