Artes, perguntado por pontesa049, 4 meses atrás

Fale sobre as revoluções do teatro nessa época​

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Respondido por naosei6936
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Resposta:

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Explicação:

para eu poder saber

Respondido por dudinhagarcia120
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O teatro russo não tem mérito antes da revolução. Se isso é vergonha ou honra, pode-se discutir, mas é um fato. Basta relembrar o quadro da vida teatral do passado recente para nos certificarmos disso.
Trata-se não apenas de que nosso teatro estava, às vésperas da revolução, completamente fora da política, ao contrário do teatro francês, cujo papel político é muito significativo. Não por acaso, historiadores da revolução francesa dedicaram tanta atenção ao palco, que, em grande medida, preparou a chegada da revolução. Ele foi a tribuna social que, muito antes da tomada da Bastilha, ressoou palavras de apelo e de protesto: serviu de condutor das ideias revolucionárias tanto quanto as brochuras impressas, as revistas e os discursos de agitação dos oradores. Com isso, o teatro ateou o fogo da revolução.
Não foi somente nesse sentido que o teatro russo nada ofereceu: em seus esforços criativos ele não revelou sequer a sombra de um pressentimento daquele acontecimento fatal, grande e terrível que se aproximava, que já estava a caminho, que batia à porta e que pouco depois saiu dos estreitos limites da política e usurpou todas as esferas da vida humana e do espírito criativo.
Aquilo que geralmente se denominou “crise do teatro” e que foi, em realidade, a eliminação e o colapso das formas antigas da arte teatral, manifestou-se com maior força na época da guerra, e, em especial, às vésperas da revolução.
As últimas conquistas do teatro naturalista (aquilo que Stanislávski chamou de “naturalismo anímico”) se reduziram ao impasse sem saída do experimento psicológico, que é o fim de qualquer arte. A falência ideológica e a ruína artística do teatro decadentista, assim chamado simbolista ou convencional, que distorceu a própria natureza da teatralidade em prol da literatura, foram reveladas com inquestionável clareza. O impressionismo irrestrito, que tenta brincar com a sensibilidade dos espectadores por meios convenientes, que pulverizou a ação dramática no “estado de espírito” (“o drama não passa de lírica, que casualmente tomou forma de diálogo”1), que é antes uma imitação mecânica do antigo palco realista, famoso pelas tradições, mas pobre de forças, completa o quadro do colapso do teatro sério.
1 Tal definição aparece no manifesto estético dos modernistas de Munique, publicado na revista
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