fale sobre a violencia escolar
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De tempos em tempos, a violência que acontece dentro da escola aparece em destaque na mídia. Especialistas são convidados a se manifestar sobre questões como a presença de policiais nos colégios, o fechamento de instituições devido a toques de recolher, agressões e assassinatos envolvendo alunos e professores, bullying etc.
As relações entre a violência e a Educação têm sido investigadas no Brasil desde a década de 1980. Entretanto, os estudos partem de diferentes perspectivas teóricas e, consequentemente, acabam por definir e analisar o fenômeno de modos distintos. Alguns dos temas mais pesquisados são: os diferentes tipos de violência (física, verbal, simbólica) e suas manifestações, a perda da função socializadora da instituição escolar (os valores da cultura e a ausência de legitimidade do professor), as relações entre a violência e a formação dos professores, as características das escolas que apresentam os maiores índices de casos, as relações entre a violência e o desempenho dos alunos, o bullying (com ênfase no perfil das vítimas e dos agressores) e as relações com o contexto familiar dos alunos.
Na sua maioria, esses estudos fazem análises por perspectivas sociais ou psicológicas, entendendo a causa da violência como o resultado do entorno ou da vulnerabilidade de certos jovens. Embora não devam ser desconsideradas, muitas conclusões dão a impressão de que não há alternativas para lidar com os problemas do dia a dia. A violência é um fenômeno complexo. Olhá-la dentro de uma perspectiva institucional nos oferece elementos para a enfrentarmos. Insisto: não se trata de negar os contextos social e psicológico como causas, mas buscar alternativas de ação dentro das escolas.
O currículo é o nosso maior recurso para combater a violência. Nessa batalha, os gestores precisam estar atentos para dois aspectos. O primeiro diz respeito ao modo como o tema atravessa a sala de aula. Com que frequência e com qual perspectiva é discutido? Um assunto tão complicado merece investimento. Algumas questões podem ser levadas aos alunos: o que é violência? Quais os tipos de agressão desenvolvidos pela humanidade? Em que contextos históricos os presenciamos? Quais deles acontecem no país, na cidade e na escola? Existem situações em que a violência pode ser considerada legítima? Por meio de que instituições é possível combatê-la? Como as artes e o esporte lidam com ela? Quais leis nos protegem? A problematização dessas perguntas vai ajudar os estudantes a entender o assunto e refletir sobre ele.
Além de pensar criticamente, o jovem deve ter a oportunidade de intervir sobre as manifestações que o afetam. Nesse sentido, entra o segundo aspecto curricular, em todas as etapas da escolaridade, que é o desenvolvimento de dispositivos de mediação de conflitos ou de ações que estimulem o protagonismo estudantil, a fim de ensinar como gerenciar as diversas situações de forma democrática. A prática de assembleias envolvendo pais, alunos e docentes, a criação de um grêmio estudantil, o desenvolvimento de campanhas de conscientização ou mesmo a manifestação pública em redes sociais são algumas possibilidades que permitem ao aluno participar ativamente de ações de combate à violência.
As relações entre a violência e a Educação têm sido investigadas no Brasil desde a década de 1980. Entretanto, os estudos partem de diferentes perspectivas teóricas e, consequentemente, acabam por definir e analisar o fenômeno de modos distintos. Alguns dos temas mais pesquisados são: os diferentes tipos de violência (física, verbal, simbólica) e suas manifestações, a perda da função socializadora da instituição escolar (os valores da cultura e a ausência de legitimidade do professor), as relações entre a violência e a formação dos professores, as características das escolas que apresentam os maiores índices de casos, as relações entre a violência e o desempenho dos alunos, o bullying (com ênfase no perfil das vítimas e dos agressores) e as relações com o contexto familiar dos alunos.
Na sua maioria, esses estudos fazem análises por perspectivas sociais ou psicológicas, entendendo a causa da violência como o resultado do entorno ou da vulnerabilidade de certos jovens. Embora não devam ser desconsideradas, muitas conclusões dão a impressão de que não há alternativas para lidar com os problemas do dia a dia. A violência é um fenômeno complexo. Olhá-la dentro de uma perspectiva institucional nos oferece elementos para a enfrentarmos. Insisto: não se trata de negar os contextos social e psicológico como causas, mas buscar alternativas de ação dentro das escolas.
O currículo é o nosso maior recurso para combater a violência. Nessa batalha, os gestores precisam estar atentos para dois aspectos. O primeiro diz respeito ao modo como o tema atravessa a sala de aula. Com que frequência e com qual perspectiva é discutido? Um assunto tão complicado merece investimento. Algumas questões podem ser levadas aos alunos: o que é violência? Quais os tipos de agressão desenvolvidos pela humanidade? Em que contextos históricos os presenciamos? Quais deles acontecem no país, na cidade e na escola? Existem situações em que a violência pode ser considerada legítima? Por meio de que instituições é possível combatê-la? Como as artes e o esporte lidam com ela? Quais leis nos protegem? A problematização dessas perguntas vai ajudar os estudantes a entender o assunto e refletir sobre ele.
Além de pensar criticamente, o jovem deve ter a oportunidade de intervir sobre as manifestações que o afetam. Nesse sentido, entra o segundo aspecto curricular, em todas as etapas da escolaridade, que é o desenvolvimento de dispositivos de mediação de conflitos ou de ações que estimulem o protagonismo estudantil, a fim de ensinar como gerenciar as diversas situações de forma democrática. A prática de assembleias envolvendo pais, alunos e docentes, a criação de um grêmio estudantil, o desenvolvimento de campanhas de conscientização ou mesmo a manifestação pública em redes sociais são algumas possibilidades que permitem ao aluno participar ativamente de ações de combate à violência.
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