Fale sobre a tela:'A morte de Marat
Soluções para a tarefa
Resposta:
Marat assassinado ou A morte de Marat é uma tela de Jacques-Louis David pintada em 1793. Ela está exposta no Musées royaux des Beaux-Arts de Belgique em Bruxelas. A pintura mostra Jean-Paul Marat, revolucionário francês, assassinado em casa em 13 de julho por Charlotte Corday.
Resposta: Marat assassinado (Marat assassiné) ou A morte de Marat é uma tela de Jacques-Louis David pintada em 1793. Ela está exposta no Musées royaux des Beaux-Arts de Belgique em Bruxelas.
A pintura mostra Jean-Paul Marat, revolucionário francês, assassinado em casa em 13 de julho por Charlotte Corday. A inscrição À Marat, David que aparece na caixa de madeira, cuja forma sugere uma pedra tumular, indica que se trata de uma homenagem a Marat, que o pintor conhecia pessoalmente e que teria visto na véspera de sua morte.
Explicação:
O quadro é um óleo sobre tela de 165 por 128 centímetros. Se destacando de um fundo marrom esverdeado, o corpo de Jean Paul Marat é representado agonizando. A cabeça envelopada por um turbante branco está pensa para o lado. A mão direita caída, segurava uma pluma, o braço esquerdo repousa sobre uma superfície coberta por um tecido verde, a mão segura uma folha escrita. Jaques Louis David, discípulo de Vien (diretor da Academia), aperfeiçoou a sua linguagem clássica durante uma prolongada estadia em Roma, entre 1774 e 1780. De volta à França, o pintor estabeleceu fortes ligações, com os líderes políticos da Revolução Francesa, o que lhe permitiu assumir um papel de relevo sobre a produção artística nesse país. Revolucionário não só ao nível político mas também enquanto artista, David assinala, através de uma suas obras pioneiras, "O Juramento dos Horácios" (1784), o fim do estilo rococó (representado por Fragonard) e a ascensão da estética neoclássica. O quadro "A Morte de Marat" representa um acontecimento emblemático da Revolução Francesa (o assassinato de um dos seus chefes políticos), denunciando em simultâneo as divergências e os conflitos internos que rodearam o processo revolucionário e que só foram solucionadas com a ascensão de Napoleão Bonaparte. Jean-Paul Marat,pessoal de David, tinha uma doença de pele especialmente dolorosa que o obrigava a permanecer dentro de uma banheira durante o dia enquanto trabalhava. Um dia, Charlotte Corday entrou no aposento, tendo como pretexto a entrega de uma mensagem e assassinou-o, enterrando-lhe uma faca no peito.Para David, este quadro foi concebido como um monumento para um homem que foi simultaneamente herói, mártir e amigo. Embora dominada por uma forte emotividade, a obra deve também ser entendida a partir de um ponto de vista documental, enquanto testemunho e descrição da ação. Como em muitos outros trabalhos iniciais David, todos os objetos presentes na tela têm uma função concreta, tendo sido evitado qualquer detalhe ou alusão supérflua de forma a não prejudicar a clareza do tema. Desta forma, a composição é francamente encenada, deforma incluir todos os sinais e pistas para uma identificação e compreensão do acontecimento: a banheira, a faca, a carta, a ferida e o sangue. À simplicidade e estaticidade da composição, dominada por fundo escuro liso que encerra a imagem, contrapõe-se o expressivo e vital tratamento da luz e da cor que revelam uma direta inspiração em algumas experiência pictóricas de temática religiosa dos pintores barrocos Caravaggio, Pietro da Cortona, José de Ribera e Francisco de Zurbarán, pelos quais David nutria uma especial admiração. Uma fonte luminosa rasante ilumina a figura partir de um ponto alto,criando uma atmosfera mística acentuada pela vibração cromática do fundo. A utilização de tons frios e tendencialmente escuros permitiu realçar alguns pormenores dos corpo morto recorrendo a subtis e simbólicas manchas avermelhadas, contribuindo igualmente para destacar a caixa de madeira onde David inscreveu a sua dedicatória.