História, perguntado por Usuário anônimo, 1 ano atrás

Fale sobre a mulher urbana e a mulher do campo de 1920 a 1940

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Respondido por dalmoalf
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Dentro da história da sociedade mundial tivemos um amplo número de sociedades patriarcais, isto é, sociedades em que o ser definido como masculino deveria ser o comandante de seu espaço (desde famílias, conjuntos humanos ou civilizações), devendo ser responsável pela segurança e designar funções de sua comunidade. Assim sendo, em muitas sociedades, a mulher passava a ser designada a cuidar de seus filhos e de sua habitação, sempre sob o controle o patriarca.



Tal concepção foi amplamente questionada durante toda a história da humanidade, mas foi no século XX que essa contestação conseguiu mais atenção e adeptos, com o movimento feminista e pelas questões de igualdade de gênero. Mesmo adquirindo hoje espaços até então negados para as mulheres, como o direito a votar, se expressar e pensar, muitas ainda afirmam a presença de desconfiança, preconceitos e diferenças salariais em empregos.

 


Podemos apresentar como marco o dia 8 de março de 1917, em que operárias russas organizaram uma greve que levou 90 mil pessoas as ruas, protestando contra a escassez de alimentos dentro do governo do então Czar Nicolau II, movimento que foi decisivo para enfraquecer o governo e fomentar a Revolução Russa. Com esse exemplo percebemos que as mudanças desejadas para uma sociedade mais igualitária mexem com estruturas tradicionais que existem a muito tempo.

 


Na década de 1920, temos um contexto bem coercitivo, pois até então a sociedade possuía a ideia de que a mulher era incapaz de assumir responsabilidades e por isso deveria viver sob o controle de um homem. Com os impactos da 2ª fase da Revolução Industrial e a eclosão de uma sociedade cada vez mais voltada aos centros indústrias, boa parte das famílias deixaram o campo para ir aos centros (o chamado êxodo rural), pois ali possuía um maior número de empregos e uma possível maior remuneração. As mulheres passaram a trabalhar para sustentar o estilo de vida urbano que se apresentava mais caro, e com a eclosão da Primeira Guerra Mundial e a ida dos homens ao conflito, a mulher consegue mais espaço dentro do trabalho assalariado urbano, mas sempre com um controle excessivo e salários menores. Tal estilo de vida também modificou as vestimentas dessas mulheres que agora não utiliza mais espartilhos, mas sim vestidos curtos e leves, sendo melhor para se locomover, para trabalhar, para estudar e outros fins.



A década de 1930 já começa com a maior crise do sistema capitalista, a Crise do Liberalismo de 1929, assim desempregos em massa ocorreram. Logo a maioria das mulheres que eram casadas, tanto a urbana como a rural, e que possuíam toda a constituição familiar patriarcal, abandonaram tal posto para se entregar ao mercado de trabalho e sustentar suas famílias. Mesmo ganhando mais visibilidade, possuíam salários inferiores aos dos homens e é nesse contexto foram formuladas novas questões aos já tradicionais aspectos da divisão social de gênero.

 


Com tais momentos de alterações no status quo da sociedade patriarcal, o movimento feminismo começa a se firmar como um movimento real em sociedade, pensando não apenas na situação de agora das mulheres, mas sim em que futuro elas poderão alcançar e assim batendo de frente em milênios de submissão e desqualificação. Tais lutas se mostraram fundamentais para a consolidação da reflexão papel da mulher ao lado de um homem e de suas possibilidades de ser e existir em sociedade. Na década de 1940 nos deparamos com um novo momento de saída dos homens dos lares, mas só que agora para a guerra, a 2ª Guerra Mundial, deste modo as mulheres retornam aos ambientes de trabalho mais seguras de si e com mais experiência do que desejam e como desejam, tendo que conciliar sua vida bem como de seus filhos.

 


Tal panorama reflete muito do que é a figura da mulher hoje, em que trabalha, cuida da casa e de si mesma e ainda encontra tempo para se entreter. Mas ainda é necessário muita luta para dar fim ao tratamento inferior e preconceituoso que elas ainda recebem, pois mesmo após mais de 50 anos (desde a década de 1940) as mulheres ainda lutam por mais respeito e igualdade entre gêneros.  







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