Fale sobre a migração do seculo XXI aos dias atuais
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Resposta:
Devido aos altos níveis de crescimento econômico do país, aliado à crise financeira que atingiu a União Européia e os Estados Unidos, o Brasil está atraindo muitos imigrantes especializados, em sua maioria portugueses, espanhóis, italianos e americanos, e também imigrantes com pouca formação acadêmica ou técnica.
Explicação:
Resposta:
Focalizada no século 21, os processos migratórios nacionais, que imersos em um novo contexto socioeconômico e urbano, imprimem espaços da migração marcados por diferentes “condições migratórias”: áreas de retenção de população, áreas de perdas migratórias e áreas de rotatividade migratória.As mudanças no processo migratório nacional tiveram, a partir dos anos
70, o deslanchar de suas transformações. No contexto dos deslocamentos
interestaduais, apesar da centralidade migratória no Sudeste - São Paulo e Rio
de Janeiro, foram os dois Estados dessa Região que já haviam assistido a uma
redução em seus volumes de imigrantes dos anos 70 para os 80 (BAENINGER,
2002). O Sudeste, que chegava a ter um movimento migratório que envolvia
quase 5 milhões de pessoas nos anos 70, diminuiu este volume para 4,3
milhões no período 1981-1991.
Na Região Centro-Oeste, os Estados do Mato Grosso do Sul e do Distrito
Federal também diminuíram seus volumes de imigrantes entre esses dois
períodos. O Mato Grosso do Sul demonstrava sinais do “fechamento de sua
Rosana Baeninger 73
fronteira” (MARTINE, 1987; 1994) e o Distrito Federal iniciava, no período
1981-1991, seu processo de expansão metropolitana atingindo os municípios
do Estado de Goiás, com significativos fluxos migratórios para seu entorno.
Ao longo dos últimos cinquenta anos do século XX, as migrações internas
reorganizaram a população no território nacional, onde as vertentes da
industrialização e das fronteiras agrícolas constituíram os eixos da dinâmica
da distribuição espacial da população no âmbito interestadual, muito embora
a primeira vertente detivesse os fluxos mais volumosos. Nesse sentido,
as análises a respeito do processo de distribuição espacial da população
nos anos 70, e até mesmo durante a década de 80, estiveram baseadas e
preocupadas em apontar o crescente e intenso movimento de concentração:
da migração, com a predominância do fluxo para o Sudeste; do processo de
urbanização, com a enorme transferência de população do campo para a
cidade, quando cerca de 15,6 milhões deixaram as áreas rurais nesse período
(MARTINE, 1994); e, a concentração da população, manifestada no processo
de metropolização.
De fato, essas características representaram e compuseram a sociedade
urbano-industrial brasileira (FARIA, 1991), com a concentração tanto de
atividades econômicas quanto populacional. É revelador nesse processo, no
entanto, que os efeitos da desconcentração relativa das atividades econômicas1
,
iniciados no decorrer dos anos 70, não tivesse tido reflexos imediatos nos
deslocamentos populacionais captados pelo censo demográfico de 1980;
somente no período 1981-1991 é que esse processo tornou-se mais evidente,
sugerindo uma defasagem entre os deslocamentos das atividades econômicas
e os deslocamentos de população2
.
No entanto, além das “trajetórias dominantes” (BRITO, 1997), fenômenos
de suma importância para a dinâmica da mobilidade espacial da população já
emergiam naquele período. Um deles referia-se ao refluxo de mineiros para seu Estado já nos anos 703 , apontando o incipiente processo de reversão
emigratória da área; cerca de 35,6% dos imigrantes para o Estado de Minas
Veja-se Negri (1996); Diniz (1995) e Pacheco (1998).
Negri (1996) aponta essa possível defasagem entre dinâmica econômica e dinâmica migratória em seu
estudo a respeito do processo de desconcentração da indústria no País.
Brito (1997) indica essa tendência para os anos 70.
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Gerais eram de retorno naquele período. O processo de desconcentração
das atividades econômicas que marcava o período 1970-1980 beneficiou
Minas Gerais, podendo já ter contribuído, nesse período, para a absorção
de sua população natural, bem como para atração e, inclusive, refluxo de
população.
Explicação: