Artes, perguntado por garciagoncalvesluisa, 9 meses atrás

Faça uma resenha do filme O Fabuloso Destino de Amélie Poulain

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Respondido por nicolekleidny10
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A abertura do filme narra eventos que acontecem simultaneamente ao nascimento da pequena Amélie Poulain (interpretada quando criança por Flora Guiet), seguida de pequenos trechos da infância nada fácil da personagem principal. O pai de Amélie, Raphaël Poulain (Rufus) é um médico do exército nem um pouco afetuoso e sua mãe, Amandine Poulain (Lorella Cravotta) é uma diretora de escola tampouco dedicada às questões afetivas. Ambas personagens são apáticas e possuem costumes excêntricos. Não é difícil ao espectador perceber logo no início do filme que Amélie não é uma criança normal.

Um grande desejo de Amélie, já com seis anos de idade é ser abraçada pelo pai, porém, o médico nunca a toca a não ser de forma clínica ao examiná-la uma vez por mês. Em suas consultas, Raphaël percebe que o coração da filha bate muito acelerado e pensa que ela sofre de algum problema cardíaco, proibindo-a de frequentar a escola e obrigando-a a ter aulas em casa com sua mãe. Na verdade o coração da menina bate acelerado devido à emoção de ter um pouco de contato físico com o pai. A relação com a mãe também não é entusiasmante. Amélie se refugia em sua imaginação e vive a maior parte do tempo em uma realidade fantástica criada por ela mesma, fruto da falta de socialização.

Louco pelo clima nada familiar da casa dos Poulain, o peixinho Cachalote, único amigo de Amélie, salta do aquário para o chão da cozinha levando Amandine a um ataque de nervos. O peixe foi jogado em um rio e como consolo a menina ganhou uma máquina fotográfica, mas que também não teve grande duração, pois seu vizinho asqueroso culpou a câmera de ser responsável por acidentes ocorridos pelo mundo.

Amandine Poulain levou sua filha certo dia à Catedral de Notredame para pedir aos céus um irmãozinho. No entanto, ocorreu uma tragédia, uma mulher suicida se atirou da torra da igreja e atingiu fatalmente a mãe de Amélie. A menina passou então a viver só com o pai, que se tornou ainda mais ausente e obcecado pela morte da esposa.

Tempos depois, Amélie, agora adulta (Audrey Tautou) se tornou garçonete em um café. Esse ambiente está repleto de personagens icônicos, cada qual com suas manias. Amélie também desenvolveu novas manias como gostar de ver o rosto das pessoas no escuro do cinema e quebrar a camada do creme Brûle com a ponta da colherzinha. A vida da jovem não mudou muita coisa e seus devaneios e trivialidades da infância só se transformaram em outros.

Em 30 de agosto de 1997 ocorre algo que vai mudar a vida de Amélie. Ao ver na tv que a princesa Diana morrera em um acidente de trânsito, a jovem descobre por acaso que um rodapé do seu apartamento guardava secretamente uma caixinha com alguns objetos de recordações, supostamente escondida por um menino há muito tempo atrás. Amélie decide sair à procura do misterioso dono do achado e não se contentar até encontrá-lo.

Quando a senhorita Poulain vai à procura do antigo morador de sua casa encontra pessoas tão excêntricas quanto ela. Procurando pelo nome Dominique Bretodeau, Amélie acaba conversando com seu vizinho pintor, o “homem dos ossos de vidro” Raymond Dufayel (Serge Merlin) com quem nunca tinha tido contato antes. Através dele ela consegue finalmente encontrar Bretodeau (Maurice Bénichou), mas não teve coragem de conversar com ele, ainda que tenha devolvido sua caixinha em uma cabine telefônica. Após perceber o bem que fez a Dominique Bretodeau, Amélie decide fazer o bem a todas as pessoas que encontrar pela frente, sendo arrebatada por sentimentos de liberdade e prazer pela vida.

Um dia de manhã, Amélie se encontra com um conhecido de infância, Nino (Mathieu Kassovitz) na estação. O jovem sai correndo atrás de um homem e acaba derrubando sua pasta na rua. Amélie a encontra e se dedica a folhear um velho álbum com fotografias perdidas e rasgadas deixadas na estação e colecionadas por Nino. No meio tempo entre o reencontro de Poulain com Nino, a jovem ajuda várias pessoas e em várias situações, indo de encontros amorosos a casos de vingança dando ao filme um tom muito mais atraente e repleto de fantasia misturada com realidade.

“Então, minha querida Amélie, não tem ossos de vidro. Pode suportar os baques da vida. Se deixar passar essa chance, com o tempo seu coração ficará tão seco e quebradiço quanto meu esqueleto. Então, vá em frente, pelo amor de Deus!”. Após essa frase dita através de uma gravação pelo pintor com ossos de vidro, Amélie finalmente toma coragem e acolhe Nino em sua casa consumando a paixão entre os dois e firmando o amor da sua vida.

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