faça uma reflexão sobre a condição da mulher no Brasil e no mundo.
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Resposta:
Muitas pessoas já estão cansadas de escutar essa história da presença da mulher no mercado de trabalho. Estão cansadas de ver estatísticas que mostram que a cadeira da liderança ainda é ocupada majoritariamente pelos homens. Cansadas do discurso que questiona a posição na qual as mulheres são colocadas. Mesmo diante de tanto cansaço, o cenário se repete com energia: sim, falta representatividade feminina em posições de comando e em determinados setores econômicos. Mas falta representatividade não só nesses lugares.
Quando olhamos para as peças publicitárias, percebemos esse mesmo problema. Afinal, onde estão as mulheres? Segundo o estudo TODXS, conduzido pela Heads Propaganda e apoiado pela ONU Mulheres, elas NÃO estão nas empresas. É que 75% dos personagens que aparecem trabalhando em uma propaganda são — adivinhe! — homens. Quando eles aparecem nessa posição, aliás, são muito valorizados: os personagens masculinos têm 62% mais chances de serem mostrados como inteligentes nas campanhas publicitárias. Claro que existe também um espaço para elas: 3% das mulheres foram retratadas em posição de liderança ou com ambição. Três por cento.
O mesmo estudo analisou os estereótipos mais utilizados na publicidade brasileira para representar as mulheres. Eles estão relacionados com os seguintes termos: objetificação, padrão de beleza, profissões estereotipadas como femininas e especialista em cuidados da casa e da família. Diante disso, não é de se espantar com a conclusão do levantamento de que mais de 50% dos anúncios com mulheres contêm um estereótipo feminino ultrapassado.
Só que o que isso tem a ver com o mercado de trabalho? Tudo, uma vez que a forma como as mulheres são representadas é não só um reflexo da realidade, mas um reforço. É a arte imitando a vida, mas também a vida imitando a arte.