Faça uma redação de no mínimo 30 linhas com o tema: Gravidez na Adolescência.
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Nas sociedades antigas, o casamento e, consequentemente, a gravidez precoce eram considerados normais. Na Grécia, por exemplo, esta prática era muito incentivada. Hodiernamente, no Brasil, infelizmente, os números mostram que essa realidade da antiguidade continua ocorrendo, visto que o país possui o maior índice de gravidez infantil da América Latina, de acordo com a OMS. Nesse contexto, há dois fatores que não podem ser negligenciados, como os prejuízos causados por uma gestação prematura e as ferramentas disponíveis para combater esse problema.
Em primeira análise, cabe pontuar que a gravidez na adolescência não só traz prejuízos à saúde, mas também sociais. Um indivíduo que engravida na adolescência corre riscos de conceber uma criança que possua uma saúde enfraquecida, de debilitar-se e até de morte. Essa afirmação é confirmada pela diretora da OPAS(Organização Pan-americana da Saúde) e destaca o perigo da prenhez antes dos 18 anos. Ademais, no que tange aos danos sociais, é possível afirmar que por ter pouca experiência na vida, grande parte das garotas menores de idade não estão preparadas emocionalmente e psicologicamente para ser mãe. Se não bastasse isso, a gestação nesse momento está diretamente relacionada a evasão escolar e a menor inserção no mercado de trabalho, segundo dados do Instituto Unibanco.
Entretanto convém frisar que existem meios para combater essa questão. O principal deles é a utilização de métodos contraceptivos, todavia o problema não está somente nisso. O que mais falta é a exortação ao uso deles. O jovem necessita ser estimulado a utilizá-los. Caso contrário, ele não tirará proveito dessas ferramentas. Outra forma de buscar a diminuição de casos de prenhez infantil é proibindo-se o casamento de pessoas com menos de 18 anos, tendo em vista que a gravidez geralmente acompanha a união matrimonial, conforme relatório da ONU.
Segundo Gandhi, o futuro dependerá daquilo que se faz no presente. Sendo assim, o Ministério da Saúde deve conscientizar a população acerca da importância da prevenção e do aconselhamento sexual aos mais jovens, sobretudo da família. Essa ação ocorrerá por meio de palestras em escolas estaduais e dependerá do governo estadual no que diz respeito à cessão do espaço para realização delas. Dessa forma, a intervenção tem como finalidade fazer com que o jovem seja mais consciente nas suas escolhas relacionadas à saúde e, por conseguinte, diminuir os índices de gravidez infantil no Brasil.
A juventude é uma fase de escolhas que podem ter influência determinante no presente e no futuro de cada pessoa, seja levando ao pleno desenvolvimento pessoal, social e econômico, seja criando obstáculos à realização destas metas.
Decisões voluntárias e conscientes relacionadas ao exercício da sexualidade e á vida reprodutiva são particularmente importantes nessa etapa da vida.
De acordo com dados oficiais:
26,8% da população sexualmente ativa (15-64 anos) iniciou sua vida sexual antes dos 15 anos no Brasil;
Cerca de 19,3% das crianças nascidas vivas em 2010 no Brasil são filhos e filhas de mulheres de 19 anos ou menos;
Em 2009, 2,8% das adolescentes de 12 a 17 anos possuíam 1 filho ou mais;
Em 2010, 12% das adolescentes de 15 a 19 anos possuíam pelo menos um filho (em 2000, o índice para essa faixa etária era de 15%).
A taxa de natalidade de adolescentes no Brasil pode ser considerada alta dadas as características do contexto de desenvolvimento brasileiro, sendo observado um viés de renda, raça/cor e escolaridade significativo na prevalência desse tipo de gravidez5 (adolescentes pobres, negras ou indígenas e com menor escolaridade tendem a engravidar mais que outras adolescentes).
Muitas gravidezes de adolescentes e jovens não foram planejadas e são indesejadas; inúmeros casos decorrem de abusos e violência sexual ou resultam de uniões conjugais precoces, geralmente com homens mais velhos. Ao engravidar, voluntaria ou involuntariamente, essas adolescentes têm seus projetos de vida alterados, o que pode contribuir para o abandono escolar e a perpetuação dos ciclos de pobreza, desigualdade e exclusão.
Para romper esse ciclo e assegurar que adolescentes e jovens alcancem seu pleno potencial, é preciso:
Investir em políticas, programas e ações que promovam os direitos, a autonomia e o empoderamento de adolescentes e jovens, em especial meninas, em relação ao exercício de sua sexualidade e de sua vida reprodutiva, para que possam tomar decisões voluntárias, sem coerção e sem discriminação;
Garantir o acesso de adolescentes e jovens à informação correta e em linguagem adequada sobre os seus direitos, incluindo o direito à saúde sexual e reprodutiva, bem como o acesso à educação integral em sexualidade;
Assegurar o acesso às ações e aos insumos de saúde sexual e reprodutiva, tais como preservativos e contraceptivos, para que gravidezes não planejadas sejam evitadas;
Envolver as famílias, comunidades, serviços e profissionais de saúde na resposta adequada às necessidades e demandas de adolescentes e jovens, incluindo aquelas relacionadas à saúde sexual e reprodutiva.
Garantir a participação de adolescentes e jovens nos processos de tomada de decisões, como condição fundamental para os avanços democráticos e para a realização de seus direitos.
Gravidez precoce: Brasil tem índice de país que permite casamento infantil
Quantidade total de crianças nascidas de mães adolescentes caiu, mas proporcionalmente, chegamos ao Top-50 em casos de gestação em jovens com menos de 18 anos, próximos a nações como o Sudão do Sul
O índice de gravidez na adolescência diminuiu ao longo dos anos no Brasil e, em contradição, subiu 14 posições, em 20 anos, na lista de 213 países com fecundidade precoce. Hoje, o país está na 49º colocação: são 70 a cada mil meninas entre 15 e 19 anos que deram à luz em 2013, de acordo com a última pesquisa do Banco Mundial.
Acima do Brasil, encontram-se, principalmente, países africanos que têm uma cultura permissível ao casamento infantil. O Níger, por exemplo, adota essa tradição e 71% das mulheres se casaram antes dos 18 anos. Ele se encontra no topo da lista, com 205 meninas a cada mil de 15 a 19 anos que são mães.
Mas o casamento precoce não é fator determinante para o índice de gravidez na adolescência. O Brasil está 56 colocações acima da Índia e 73, do Paquistão, países que permitem, em algumas regiões, o casamento infantil. No Sudão do Sul, por exemplo, 52% das mulheres se casam antes dos 18 anos, mas são 72 mães em um grupo de cada mil adolescentes, o que coloca o país apenas cinco posições acima do Brasil.
De acordo com o Ministério da Saúde, a gravidez precoce caiu 26% nos últimos 13 anos. Em 2000, foram 750.537 bebês nascidos vivos por partos de adolescentes de 10 a 19 anos. Nesse mesmo ano, o Brasil estava em 54º lugar no ranking mundial com índice de fecundidade em meninas entre 15 e 19. Com a ajuda de políticas de prevenção, em 2013, foram 555.159 bebês. Mesmo com uma diminuição significativa no número dos nascidos, proporcionalmente, o país piorou em relação a outras nações.
De acordo com o relatório do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), divulgado em 2013, foi constatado que, no Brasil, 12% das adolescentes de 15 a 19 anos têm pelo menos um filho. Na mesma pesquisa, 19,3% das crianças nascidas em 2010 são filhos e filhas de mães menores de 19 anos.
ESPERO TER AJUDADO ;)