faça uma pesquisa sobre problemas de saúde q pode estar associados à obesidade e a desnutrição.
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Como se caracteriza um quadro de desnutrição
Estar desnutrido não significa apenas não ter acesso a alimentos em quantidade suficiente.
O que caracteriza a desnutrição é um desequilíbrio entre a ingestão e a capacidade do organismo de absorver corretamente nutrientes essenciais.
No caso dos obesos isso acontece devido a hábitos alimentares errados, que na maior parte das vezes combinam uma deficiência de micronutrientes (vitaminas e minerais) com a ingestão dos chamados antinutrientes (como o glúten).
Essa carência ocorre tanto em adultos quanto em crianças, e pode envolver a falta de vitaminas do complexo B, selênio, ácido fólico, vitamina A, por exemplo.
Como a maioria dos obesos tem uma dieta inadequada – ingerindo uma grande quantidade de alimentos pobres em nutrientes em detrimento de frutas, verduras e grãos integrais – a relação entre obesidade e desnutrição tem se tornado cada vez mais comum.
Por participarem do metabolismo energético e da produção de insulina, os micronutrientes têm grande influência no aumento ou diminuição do peso.
Estudos recentes demonstram que a deficiência de vitaminas, minerais e ácidos graxos essenciais dificulta a perda de peso e favorece o ganho de gordura corporal.
Alguns dos sintomas que podem ser indicativos de desnutrição em uma pessoa obesa são a sensação de cansaço frequente, a diminuição do ritmo de crescimento (em crianças), infecções recorrentes, mau humor, alteração do funcionamento intestinal, enfraquecimento de unhas e cabelos e queda capilar.
De qualquer forma, a confirmação de um quadro patológico que associa obesidade e desnutrição só pode ser feita por meio de exames laboratoriais.
Como reduzir os índices de obesidade e desnutrição
Além dos males mais comuns causados pelo excesso de peso, uma pessoa obesa que tem uma dieta pobre em nutrientes torna-se mais suscetível a vários tipos de infecções a afecções devido ao enfraquecimento do sistema imunológico.
É por isso que as operadoras de saúde estão investindo cada vez mais em ações de reeducação alimentar para diminuir a incidência da obesidade entre seus beneficiários.
Especialistas em nutrição afirmam que investir em educação alimentar pode evitar gastos dez vezes maiores em atenção médica no futuro.
As intervenções para enfrentar precocemente o problema têm custo muito mais baixo do que o tratamento das consequências da desnutrição, considerando despesas com remédios e internações hospitalares.
Segundo a pesquisa Overcoming obesity: An initial economic analysis, lançada em 2014 pela consultoria McKinsey Global Institute, a obesidade causa no Brasil um prejuízo equivalente a 2,4% do PIB nacional, o que significa algo em torno de R$ 110 bilhões.
Iniciativas como o Programa Viva Leve da Unimed Ribeirão Preto ou o grupo S.O.S Balança, organizado pela Clinipam Saúde, são exemplos de como é possível organizar ações de medicina preventiva e promoção à saúde capazes de reduzir os índices de obesidade e desnutrição por meio da informação e do acompanhamento profissional.
Tais programas devem ser realizados por uma equipe multidisciplinar composta por médicos, nutricionistas, psicólogos e enfermeiros.
Entre as ações que podem ser realizadas estão avaliações metabólicas, exames antropométricos e clínicos, além de palestras e workshops para disseminar boas práticas alimentares e promover a troca de experiência entre os participantes.