faça uma pesquisa sobre a vida e a obra de Cecília Meireles
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Cecília Benevides de Carvalho Meireles nasceu no dia 7 de novembro de 1901, no bairro Rio Comprido, na cidade do Rio de Janeiro. Seus pais eram Carlos Alberto de Carvalho Meireles, funcionário do Banco do Brasil[1], e Mathilde Benevides Meireles, professora da rede pública de ensino fundamental (na época, ensino primário). Antes de Cecília nascer, sua mãe havia perdido seus outros filhos: Carlos, Vítor, Carmem[2], e Carlos - esse último morreu três meses antes do nascimento de Cecília. Aos três anos de idade, sua mãe morreu, e Cecília se mudou para as imediações das ruas Zamenhoff, Estrela e São Carlos, passando a morar com sua avó materna, Jacinta Garcia Benevides, uma portuguesa nascida na Ilha de São Miguel, Açores[1], na época viúva e única sobrevivente da família[3][4][5]. Ela criou a menina com ajuda de Pedrina, a babá da menina, que sempre lhe contava histórias à noite[5][6].
Cecília cursou o Ensino Fundamental I na Escola Municipal Estácio de Sá[4], onde, ao concluir o curso em 1910, recebeu das mãos de Olavo Bilac, inspetor da escola, uma Medalha de Ouro Olavo Bilac pelo esforço e excelente desempenho "com distinção e louvor"[5][7]. Nessa época, a garota já demonstrava paixão por livros, chegando a escrever seus primeiros versos. Também demonstrava interesse pela música, o que a levou estudar canto, violão e violino[6] no Conservatório Nacional de Música[1], pois sonhava em escrever uma ópera sobre o Apóstolo São Paulo[3]. No entanto, posteriormente, acabou se dedicando à literatura, tendo em vista que não conseguiria se dedicar com perfeição às muitas atividades simultaneamente[3].
Cecília Meireles possuía olhos azuis-esverdeados, era curiosa e sozinha, sobretudo por que sua avó não a deixava sair de casa para brincar, mesmo quando era chamada por outras crianças[6]. Durante uma entrevista, Cecília disse que "em toda a vida, nunca me esforcei por ganhar e nem me espantei por perder". A infância solitária rendeu à futura escritora dois pontos que, para ela, foram positivos: "a solidão e o silêncio"[8].
A partir daí, Cecília começa a se aproximar de escritores como Tasso da Silveira, Andrade Muricy e, entre fevereiro e março de 1922, escreve novos poemas para compor um novo livro[5]. Nessa época, acontece a Semana de Arte Moderna, em São Paulo, liderado por Oswald de Andrade, com a qual Cecília tem pouco contato. No ano seguinte, publica Nunca Mais... E Poema dos Poemas, pela editora Leite Ribeiro, contendo vinte e um poemas e seis sonetos[10] de caráter simbolista e com ilustrações de seu marido, Correia Dias. Posteriormente, Cecília pediu que esse livro fosse removido de sua bibliografia[5][8]. Publica em 1924 Criança, Meu Amor, seu primeiro livro infantil, com crônicas em prosa poética[11] para o ensino fundamental[10], onde a escritora traz realidades que as crianças gostam, como "o imaginário, o bom conselho, o humor e a fantasia"[18]. Os poemas escritos entre fevereiro e março de 1922, foram publicados em Baladas para El-Rei lançado em 1925, pela Editora Brasileira Lux e também com ilustrações de Correia Dias[3], seguindo a mesma linha dos últimos dois álbuns já publicados, o que acaba fazendo com que estudioso caracterizem essa parte da vida de Cecília como um "simbolismo-tardio", encabeçado por Tasso da Silveira[Cecília iniciou sua carreira docente em 1918, quando foi nomeada professora adjunta[nb 1]do curso primário, na Escola Pública Deodoro[3][9]. Em 29 de março de 1920, o Diretor Geral de Instrução Pública recebe autorização do então prefeito da cidade[nb 2]para formar turma de desenho da Escola Normal do Distrito Federal. Ele escolheu Cecília, a pedido do arquiteto e engenheiroFernando Nereo de Sampaio, que era responsável pela Cátedra de Desenho da Escola e fazia parte da equipe de Anísio Teixeira na Diretoria de Instrução Pública[3]. Preocupada com a qualidade do ensino e a escassez de livros didáticos, Cecília escreveu livros para escolas primárias, e publica em 1924 o livro infantil Criança, Meu Amor, com prosas para o ensino fundamen