Faça uma pesquisa sobre a Constituição de 1934 , destacando os direitos alcançados pela mulher naquela Carta Magna , em seguida, pesquisar a trajetória política de Carlota Pereira de Queiroz,única mulher eleita deputada em maio de 1933 para a Assembleia Nacional Constituinte e comparar com a participação da mulher nas eleições Gerais no Brasil neste ano de 2022
prfvr é pra agr 13:00
coloco como melhor resposta :-)
Soluções para a tarefa
Resposta:
Principal Análise Carlota Queirós Bertha Lutz Linha do Tempo
UMA VOZ FEMININA NO PARLAMENTO: CARLOTA PEREIRA DE QUEIRÓS
Conheça a história e o perfil político da primeira deputada federal brasileira – e as divergências com uma das pioneiras do movimento feminista, Bertha Lutz
Deputada Carlota Pereira de Queirós no Plenário da Assembleia Constituinte de 1934
RICARDO ORIÁ
Consultor legislativo da Câmara dos Deputados
Em 13 de março de 1934, uma voz feminina se fez ouvir, pela primeira vez, no Plenário do Palácio Tiradentes, sede da Câmara dos Deputados, na então capital federal, o Rio de Janeiro. Tratava-se de Carlota Pereira de Queirós, médica paulista e primeira deputada federal do Brasil, eleita pelo voto popular.
Nascida na capital de São Paulo em 13 de fevereiro de 1892, Carlota era filha de José Pereira de Queirós e de Maria de Azevedo Pereira de Queirós. Pertencia, portanto, a uma família tradicional das elites locais, sendo seu avô paterno um rico proprietário de terras em Jundiaí, membro do Partido Republicano Paulista e um dos fundadores do jornal A Província de São Paulo (atualmente, O Estado de S. Paulo).
Carlota fez seus estudos iniciais na então Escola Normal da Praça da República e, em 1909, recebeu o diploma de professora. Convidada pelo diretor da escola, passou a trabalhar nesse estabelecimento de ensino como inspetora primária. Em 1912, tornou-se professora do jardim de infância, cargo que manteve por dez anos. Até o início da década de 1920, Carlota tinha acumulado várias atividades ligadas à educação.
Desiludida com o magistério, ela deu uma guinada em sua vida pessoal e profissional ao ingressar na Faculdade de Medicina de São Paulo, em 1920. Em 1923, decidiu trocar de instituição e se inscreveu na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, formando-se em 1926, com a tese “Estudos sobre o câncer”. Recebeu por seus estudos na área o Prêmio Miguel Couto. Nesse mesmo ano, assumiu a direção do laboratório da clínica pediátrica da Faculdade de Medicina de São Paulo. Em 1928, comissionada pelo governo paulista, viajou à Suíça, onde estudou sobre dietética infantil.
Sua participação na política se deu a partir da Revolução Constitucionalista de 1932, quando São Paulo lutou contra a excessiva concentração de poderes nas mãos de Getúlio Vargas e exigiu um novo ordenamento constitucional para o País. Com outras 700 mulheres, Carlota organizou o Departamento de Assistência aos Feridos (DAF), subordinado ao Departamento de Assistência à População Civil.
A Revolução de 32 acabou sendo derrotada pelo governo central, mas foram convocadas eleições no ano seguinte para a elaboração de um novo texto constitucional. O nome de Carlota surgiu por recomendação da Associação Comercial, respaldado pela Associação Cívica Feminina e pela Federação dos Voluntários, grupo de oficiais e suboficiais paulistas que haviam participado do movimento revolucionário.
Contando com o apoio da elite local e do segmento feminino, Carlota Pereira de Queirós foi eleita com 5.311 votos no primeiro turno e 176.916 no segundo, tornando-se a primeira deputada federal da história nacional.
Durante o processo constituinte, Carlota participou dos trabalhos da Comissão de Educação e Saúde, na qual elaborou o primeiro projeto sobre a criação de serviços sociais no País. Sua iniciativa colaborou para o estabelecimento da obrigatoriedade de verbas destinadas à assistência social, possibilitando, assim, a construção da Casa do Jornaleiro e do Laboratório de Biologia Infantil.
Já promulgada a nova Constituição, Carlota foi reeleita em 1934 na legenda do Partido Constitucionalista de São Paulo para uma das 34 cadeiras da bancada paulista na Câmara dos Deputados. Nessa eleição, ela recebeu 1.899 votos no primeiro turno e foi a segunda mais votada no segundo turno, com 228.190 votos.
Espero te ajudado