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Resposta:
O Império ou Reino de Axum ou de Aksum foi um reino africano que se tornou conhecido pelos povos da região, incluindo o Mediterrâneo, por volta do século I. Localizava-se no território onde atualmente fica a Etiópia, bem próximo ao Mar Vermelho e ao Rio Nilo. Os axumitas estabeleceram-se na região por volta do século V a.C., na cidade de Axum, e passaram a conquistar outras áreas próximas, cobrando tributos dos povos derrotados. A partir do século II, conquistaram várias cidades da Península Arábica e o Reino de Cuxe, ampliando consideravelmente seu Império.A cidade de Axum foi aparentemente fundada por volta de 100 d.C., mas a região circundante é habitada há milênios. A terra de Punte, mencionada pelos antigos egípcios como fonte de mirra, localizava-se possivelmente na zona de Axum. Por volta de 500 a.C. surgiu na área uma cultura pré-Axumita, chamada Da'amat, com ligações culturais com o sul da vizinha península Arábica.[2] De fato, desde o segundo milênio a.C. até o século IV d.C., a região de Axum foi colonizada por imigrantes sabeus vindos da península Arábica. A influência da cultura dos sabeus é vista na arquitetura e na língua do império, o gueês.[3]
Parque das Estelas, em Axum
A partir deste contexto, Axum foi sede de um dos estados mais poderosos da região entre o Império Romano do Oriente e a Pérsia, cujo poder estendeu-se do século I ao XIII. O auge da cidade e do Império de Axum ocorreu no século IV, quando o território controlado abrangia a atual Etiópia, o sul do Egito e parte da Arábia, no sul do atual Iêmem. O comércio marítimo, com rotas que chegavam até o Ceilão, era realizado através do porto de Adúlis (na atual Eritreia).[3] Segundo o autor grego anônimo do Périplo do mar da Eritreia, datado do século I, Adúlis exportava escravos, marfim e cornos de rinoceronte. Relações comerciais foram mantidas com a então província romana do Egito desde o século I e com a Índia a partir do século III; o comércio continuou com o Egito, Síria e o Império Bizantino até o século VII. A área da cidade chegou a cobrir 250 acres e estima-se que a população alcançou 20 000 pessoas no seu auge. A desaparição do império de Meroé, por volta de 320 d.C., pode estar relacionado ao crescimento de Axum, que com isso pôde redirecionar o comércio de marfim do rio Nilo ao porto de Adúlis. Sinal da importância econômica da cidade foi a cunhagem de moedas, que começou no século III e continuou até o século VII.[2]
Durante os primeiros séculos do primeiro milênio d.C. foram levantados, no campo de Mai Hedja, grandes estelas de pedra que recordavam grandes reis. Essa prática, que durou até cerca de 330 d.C., terminou na época do rei Ezana, que converteu-se ao cristianismo. Em total há 126 obeliscos em Axum, incluído o de maior tamanho conhecido, quase todos atualmente caídos e partidos em pedaços
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