Artes, perguntado por luiza7689, 10 meses atrás

Faça uma leitura da obra de Ana Maria Dias, Festa na Vila​

Anexos:

Soluções para a tarefa

Respondido por isabela6260
2

Nasceu em São Paulo, em 1945. Da infância, passada na histórica cidade paulista de Porto Feliz, ela guardou a maioria das cenas que, posteriormente, quando começou a se dedicar à arte, transportou para as suas telas.

Embora só tenha feito sua primeira exposição em 1980, no Museu da Casa Brasileira, na capital paulista, Ana Maria Dias já expunha em coletivas desde 1975, quando mostrou suas pinturas no "Salão de Artes Plásticas de Porto Feliz" e, a seguir, em outras cidades paulistas.

A partir de 1982 têm sido freqüentes suas apresentações em galerias de arte dos Estados Unidos, mormente em Miami (Crysalis Gallery, Bárbara Norris Gallery), Atlanta (MC Intosh Gallery) e Indiana (Penrod Arts Fair), bem como em outros países: França, Suíça, Holanda.

Sua pintura é toda ela voltada para a evocação dos dias felizes da infância. Ela retrata as velhas e belas fazendas, com seus pomares e seus trabalhadores rurais, a vida doméstica, as brincadeiras infantis, os meios de transporte. Principalmente os campos esverdeados que circundam pelas montanhas. "As telas de Ana Maria Dias tornam-se elementos documentais da vida sem artifícios dialéticos", observa o crítico Jorge Anthonio da Silva na apresentação do catálogo de sua individual na Galeria Jacques Ardies, 1993.

Além de ilustrar cartões para diversas entidades brasileiras, seus trabalhos foram enfocados também pela editora Max Fourny nos livros La Cite et les Naïfs e L'Arbre et les Naïfs. Vive trabalha e São Paulo.

fonte : Galeria Jacques Ardies em 15/01/2011

----------------------------------------------------------------------------------------------------------

Ana Maria Dias

A arte da harmonia

Tranqüilidade, otimismo e amor são os principais temas da obra da pintora Ana Maria Dias. Olhar o seus quadros é penetrar em um mundo de sossego em que tudo parece possível, sem problemas ou dificuldades a serem vencidas. Os bons sentimentos predominam e o ser humano se integra à natureza.

Filha de um pai português que veio da cidade do Porto aos 11 anos e de uma mãe filha de lusos da região de Coimbra, Ana Maria Dias nasceu na cidade de São Paulo, em 1945. Como amigos da família tinham um sítio chamado Calimã, em Porto Feliz, interior do Estado de São Paulo, os pais dela compraram, na década de 1950, uma terra na região.

Isso foi decisivo para a vida e para a carreira artística de Ana Maria. Ela e o irmão tiveram uma infância maravilhosa em Porto Feliz, localizada às margens do Rio Tietê. Por um lado, a mãe lia fascinantes histórias da mitologia grega, alimentando o imaginário daquelas crianças. Por outro, uma vizinha, Dona Henriqueta, fazia flores de tecido, seda e organdi, despertando na futura artista as primeiras noções de cor, forma e equilíbrio.

Para completar, havia em Porto Feliz da época um ambiente favorável ao contato direto com a natureza. No pomar, mangas, pêssegos e goiabas eram abundantes, não havendo melhor recordação da infância do que a vivência com a simplicidade das pessoas do interior e com os mais diversos tipos de frutas e colheitas.

Ana Maria fez o curso primário e a Escola Normal, que a habilitava a dar aula, em Porto Feliz. Uma das marcas dos primeiros anos de ensino são os diários de uma professora, Dona Violeta Arruda Melo Mota, que estavam repletos de caprichados desenhos. Achava aquilo lindo e provavelmente foi um dos motivos que a levou a estudar para ser professora. Posteriormente, as imagens de sua cidade se transformaram em telas que retratam do simples vendedor de frutas à comunidade de uma vila de bananeiros.

Foi na Igreja Matriz Nossa Senhora Mãe dos Homens, de Porto Feliz, na década de 1960, que Ana Maria se casou com o seu primeiro marido. Ficou na cidade, que ainda considera como principal fonte de sua pintura, até o início da década de 1970, quando seu pai faleceu e a família se mudou para Sorocaba, SP.

Ana Maria que tinha exercido diversas funções em escolas de Porto Feliz, teve então a oportunidade de exercer um talento que já tinha, mas que estava adormecido. Uma vizinha que gostava de seus desenhos sugeriu que os aproveitasse como estampas para tecidos.

O êxito foi rápido. Suas estampas, presentes em lençóis, lançados na Fenit, em 1972, ganharam muitos elogios e venderam muito bem. Ana Maria então continuou desenhando para esse fim, conquistando espaço nas indústrias da área, que queriam oferecer aos seus clientes desenhos criativos e coloridos.

A pintura surgiu quase por acaso. Em 1973, por sugestão da amiga Maria Lizete Cabral de Melo Azevedo começou a levar para a tela, em tinta acrílica, imagens que povoavam a sua infância em Porto Feliz. Foi o que fez no primeiro quadro, que logo foi publicado numa revista de decoração. Surgiu daí uma obra marcante, repleta de cores.

Perguntas interessantes