Faça uma história falando sobre a educação da sociedade na pandemia (20 linhas)
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Resposta:
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EDITORIAL DE ABRIL/2020:
A EDUCAÇÃO EM TEMPOS DE PANDEMIA: SOLUÇÕES
EMERGENCIAIS PELO MUNDO
A situação iniciada a partir do contágio mundial em massa pelo COVID-19, ainda que se trate
de uma questão de saúde pública, afetou o cenário mundial em seus mais diversos campos, trazendo
consequências econômicas, políticas, sociais e, logo, também, ao campo educacional. Diante do
isolamento social, determinado com maior ou menor rigor nos mais diferentes países, noticiou-se,
logo nos primeiros 30 dias de contágio mundial e massivo do vírus, o alcance do número de 300
milhões de crianças e adolescentes fora da escola. Diante do aumento dos casos, ao final de março a
situação já afetava metade dos estudantes do mundo, ou seja, mais de 850 milhões de crianças, em
102 países. No momento de escrita deste editorial, a UNESCO noticiava ter sido alcançado o número
de 1,6 bilhão de crianças e jovens afetados pelo fechamento de escolas, em 191 países, representando
90,2% da população estudantil mundial, os quais enfrentam, como consequência, interrupções no
desenvolvimento escolar.
Esta paralisação compulsória trouxe, inevitavelmente, ao centro do debate educacional, o
uso das tecnologias educacionais para realização de atividades escolares não presenciais. É
importante frisar, logo nesse primeiro momento, que a disponibilização de ferramentas online para a
realização de atividades não presenciais distancia-se do conceito de Educação a Distância (EAD).
Contudo, diante da situação emergencial, Governos Estaduais e Municipais, prescindindo da estrutura
necessária para a prática de EAD, depararam-se com a necessidade de concentrar esforços na
preparação dos professores para o desenvolvimento de situações de aprendizagem remota, que, em
geral, estão sendo mediadas pelo uso das tecnologias. Diante disso, foi demandada, por parte dos
docentes, a capacidade de experimentar, inovar, sistematizar esse conhecimento e avaliar o processo
de aprendizagem de seus alunos, fazendo o melhor uso possível dessas ferramentas, cujo uso, para
muitos, era até então desconhecido.
Em países como a China, por exemplo, que possui uma estrutura robusta de acesso à internet
e às tecnologias nos mais diferentes dispositivos, tanto escolas públicas, quanto privadas, adotaram o
sistema de atividades online. Após 90 dias de enfrentamento ao vírus, em alguns distritos foi
retomado o ensino presencial, com fortes medidas de prevenção ao contágio, mas via de regra,
professores seguiram suas atividades sem a reabertura das escolas. Além disso, foi lançada uma
plataforma nacional de aprendizagem, com conteúdos divididos em educação para prevenção de
epidemias, educação moral, educação para temas especiais, aprendizado curricular, materiais
didáticos eletrônicos e educação via cinema e televisão. É importante frisar, aqui, que na condição de
primeiro país a enfrentar um grande contágio pelo COVID-19, a China enfrentou 30 dias sem
qualquer atividade escolar, até que fossem enfim tomadas iniciativas de ensino não presencial1
.
Na mesma direção, até meados de março, em pelo menos vinte países Europeus, escolas
públicas e privadas já se encontravam totalmente fechadas, sendo adotadas diferentes medidas em
cada um desses países. Em Portugal, por exemplo, a solução encontrada utilizou um caminho que,
em alguma medida, pode ser considerado mais democrático. Além do acompanhamento à distância,
o qual foi iniciado por cada escola antes da organização nacional, optou-se, a partir de abril, pela
1 Além das fontes jornalísticas consultadas, contou-se com a colaboração de Luana Borges Eller, professora de inglês da
rede privada no distrito de Sha’anxi, Xi’an, China.