Português, perguntado por batatinhagordinha, 9 meses atrás

Faca uma dissertação sobre o tema: compro, logo existo?

Soluções para a tarefa

Respondido por qwer52
1

Resposta:

Felicidade e consumo passaram a caminhar lado a lado. Há décadas consumir deixou de ser um simples ato de subsistência para ser identificado como uma forma de lazer, liberdade e até cidadania. Cada vez mais cedo as pessoas vêm se tornando consumidores insaciáveis.

Além dos adultos, crianças também se tornaram alvos desse consumo sequioso. Uma pesquisa feita pelo Intersciente revelou que 80% da influência de compra dentro de uma casa vêm [vem] de crianças. Assim, não é mais necessário tornar-se um adulto consumista, pois, a criança já cresce enraizada no consumo; está sendo ensinado desde pequeno que a felicidade, o tentar sentir-se completo está no ter e não no ser, como pode ser bem visto no documentário "Criança, a alma do negócio".

Homens e mulheres são levados a consumir, mesmo sem necessidade, apenas pelo simples fato de comprar. Ao comprar algo, não apenas se adquire um produto ou um serviço, mas define-se um status e mesmo a identidade, uma forma do indivíduo se posicionar e se diferenciar dentro da sociedade através do que consome. Pesquisas realizadas ao longo dos anos se descobriram [anos descobriram] que a felicidade atingiu seu pico na década de 50, a mesma época em que a febre de consumir explodiu. Nunca se teve e se trabalhou tanto como hoje, a nossa busca ávida pelo ter, a falsa sensação de plenitude e felicidade deixou de lado nossa interação com as pessoas, o nosso tempo em descobrir e apreciar as coisas que não necessitam de dinheiro em mãos.

Contudo, a felicidade pela via da satisfação é insustentável, porquanto, a vontade é insaciável. Afinal, como ensinou Arthur Schopenhauer “a nossa felicidade depende mais do que temos nas nossas cabeças, do que em nossos bolsos.”.

Perguntas interessantes