faça uma crônica sobre o isolamento social.
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Resposta:
Quando os pés tocaram o chão, assim que levantei, pensei: uhul!
Ah, ledo engano!
Que uhul que nada. Eu deveria ter desconfiado desde o começo.
As primeiras notas soaram perfeitas. Quarto, banheiro, sala, geladeira, sofá, geladeira, sofá, geladeira, banheeeeeeiro… Ufa!
Quilos a mais, tédio a menos. E na dança da barriga que cresce, a sinfonia continuava: sofá, geladeira, sofá, geladeira, banheiro, quarto, sofá, geladeira.
Claro, durante todo este tempo, um celular na mão.
Uma reunião na sala, um happy-hour na cozinha, uma auditoria no quarto, um momento zen no banheiro.
E-mails respondidos, status publicado, fotos comentadas. Tudo corria bem.
Até que um dia, depois de um tour pelos cômodos e uma visita completa aos álbuns dos amigos no Instagram, bateu aquela sensação: “E agora?”
O tédio chegou chegando. Enfiou o pé na porta e gritou: “Daqui não saio, daqui ninguém me tira”.
Entediado, aborrecido, cansado. Excursões pela casa perderam o encanto. As redes sociais pareciam não trazer nada de novo. E as olheiras denunciavam meu desgosto.
Mas, eis que surge uma ideia. Certo dia, assim que acordo, tomo a decisão de pintar a casa. Novas cores, novos hábitos, reflexos renovados. Não há dúvidas: aquilo tornará meu isolamento social muito melhor.
Ah, ledo engano!
Explicação: