faça uma crônica com o tema cotidiano com 16 linhas
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Título: A crônica do garoto
Nublado. Sem chuva. Numa tarde paradoxalmente fria de verão. Irônico até. Um garoto escreve uma crônica sobre a vida cotidiana, de frente a uma tela de um computador - era uma tarefa de casa que, por incrível que pareça, não era dele -.
O texto ia fluindo na cabeça dele, e os leves dedos tocavam as teclas do teclado antigo mas funcional e durável; observava a digitação de cada letra, que viravam sílabas, que viravam palavras, que viravam frases - sendo a maioria sem muito intenção por trás -, que viravam, ao final, linhas e linhas de texto. Da tarefa de casa. Que nem dele era.
Estalou os dedos e olhou pelas janelas na tentativa de dar um descanço, mas tudo que vira era somente prédios e mais prédios, que pareciam presídios e mais presídios urbanos, sem vida, sem alma, sem cor. Desistira da ideia de relaxar, pois sabia que quando mais pensante era, mais raiva acumulava-se em si. Sabia que ao parar por um segundo para buscar a suposta paz, pensamentos e reflexões de problemas e mais problemas viriam. A desistência parecia uma opção diante das decepções e mentiras que parecia ser inescapável para ele.
O garoto então, terminou o texto, com uma frase final, expressando tudo aquilo que sentira, aquele que um dia fora um garoto, como qualquer outro: "Assassinos e psicopatas não são monstros. Eles são homens, e essa é a parte mais terrível sobre eles.".