Faça uma continuação para o texto : O cajueiro (Rubem Braga)
O cajueiro já devia ser velho quando nasci. Ele vive nas mais antigas recordações de minha infância: belo, imenso, no alto do morro atrás da casa. Agora vem uma carta dizendo que ele caiu.
Eu me lembro do outro cajueiro que era menor e morreu há muito tempo. Eu me lembro dos pés de pinha, do cajá-manga, da grande touceira de espadas-de-são-jorge (que nós chamávamos simplesmente “tala”) e da alta saboneteira que era nossa alegria e a cobiça de toda a meninada do bairro porque fornecia centenas de bolas pretas para o jogo de gude.
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Além disso, retirávamos do cajueiro o que chamávamos de fruto, por intermédio do uso de um grande bastão, isso quando um colega não se sustentava nos demais para alcançar o caju.
Nós o pegávamos da grande e bela árvore, e queimávamos as suas castanhas em um grande latão que encontrávamos em casa ou na rua. A castanha era sem dúvida a parte mais gostosa, e nos promovia grandes momentos de diversão e conversas entre amigos.
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