Faça uma análise de no mínimo 5 linhas sobre a obra Antropofagia
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Para fazer a sua composição Antropofagia, a pintora brasileira Tarsila do Amaral concebeu uma criativa união de dois trabalhos anteriores: A Negra (1923) e Abaporu (1928), como se aqueles seres colossais fossem interdependentes, um interligado ao outro. É impossível o entendimento desta obra através de uma leitura convencional, aquela que é feita na análise dos detalhes. O observador deve optar por outro nível conceitual, pois as duas formas brutas, apresentadas pela artista, reportam ao estado ao primitivo.
A obra Antropofagia, a mais importante da fase antropofágica da pintora, é praticamente a fusão das duas pinturas citadas acima. A cabeça da negra tornou-se diminuta, em sintonia com a de seu companheiro. O braço, que sustentava o seio, está agora escondido atrás da perna direita, enquanto o seio é sustentado pela perna do outro ser, que escora a sua, e, que toca graciosamente o chão. A perna esquerda da Negra está encoberta pela perna do Abaporu, que se encontra em posição inversa. Ele não mais se encontra na pose de pensador. A mão, que sustentava sua cabeça, encontra-se agora descansando na perna. Ele se inclina para a Negra, como se estivessem dialogando com ela.
Os dois seres entrelaçados possuem cabeças diminutas e sem faces, num corpo gigantesco, o que leva à ausência de pensamentos, pois encontram-se na forma primitiva, totalmente ligados às raízes, e ganham vida como fazem as plantas, absorvendo a energia da terra e do sol.
A união dos dois personagens exclui-os da condição de mito, integrando-os à paisagem. Ao fundo, a artista faz a junção do cáctus e do sol, presentes na obra Abaporu, com a bananeira, presente na composição A Negra. Segundo o historiador da arte Rafael Cardoso, “Em Antropofagia as coisas não se transformam. Elas apenas são; subsistem, com uma terrível e sólida permanência que as ancora no chão.”. E, se o homem é visto como o irmão gêmeo do abaporu, a mulher, por sua vez, traz consigo o seio caído da negra.
À sua palheta nacionalista (verde, amarelo, azul e branco), Tarsila soma o ocre avermelhado, que compõe a pele das figuras e, que mais se parece argila.
Espero ter ajudado :3
Resposta:Os contornos inchados das plantas,os pés agigantados das figuras,o seio atende ao inexorável a pelo da gravidade: tudo é raíz.O embasamento que vem do fundo,do passado, daquilo que vegeta no substrato do ser.
Explicação: Espero ter ajudado