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Resposta:
A economia da Bahia colonial foi, desde o início, voltada para o mercado externo, respondendo às exigências da metrópole e do comércio europeu. Segundo Tavares (1987) entre outros autores, era uma economia de exportação, mercantil, agrária e escravista. Desta maneira o país produziu e consumiu somente o que interessava ao comércio externo, mais especificamente o de Portugal, funcionando como produtor de matéria-prima e consumidor de produtos manufaturados e escravos. À colônia não cabia a produção industrial ou literária, podia apenas comprar da metrópole o que era proibida de produzir.
Segundo Alencar (1981) fábricas, imprensa e circulação de livros sempre sofreram sérias restrições. A colônia não podia manufaturar ou industrializar e só podia comercializar com a metrópole e nunca concorrer com ela. Segundo Junior (1994) a economia brasileira era complementar a portuguesa devendo suprir as necessidades desta última. Foi o Brasil uma colônia de exploração por mais de três séculos.
A base da economia na Bahia colonial foi, sem dúvida, o trabalho escravo que sustentou todos os ciclos econômicos até o século XIX, enriquecendo cada vez mais os senhores brancos. Além de ser mão-de-obra sem custo, o escravo era importante mercadoria humana e dava grandes lucros aos traficantes portugueses, que venderam nos séculos XVI, XVII e XVIII dois milhões de escravos negros no Brasil, segundo Alencar (1981).
A escravidão também permitia a existência de trabalho livre e assalariado dos que desempenhavam funções de vigilância dos escravos ou que exigiam conhecimento técnico. Permitiu rápido enriquecimento dos portugueses moradores do Brasil e para comerciantes de vários países europeus como França e Itália. O porto de Salvador, único para a exportação de produtos baianos teve grande importância e intenso movimento durante o desenvolvimento da economia no estado voltada para a exportação para a Europa, África e outras capitanias. Dividida em ciclos, a economia da Bahia e de toda a colônia caracterizou-se como extrativista, inicialmente.
Já nas primeiras expedições exploradoras das terras brasileiras nos anos de 1501 e 1503, os portugueses detectaram na mata atlântica do litoral baiano a ocorrência, em abundância, do chamado pau-brasil. O pau-brasil é uma madeira de interior cor de brasa (daí o nome Brasil) da qual se extraía um corante muito usado na indústria têxtil européia e de valor comercial para a construção civil e naval. Desde a descoberta do pau-brasil na colônia, o rei de Portugal estabeleceu monopólio da metrópole sobre sua exploração, cobrando impostos sobre os lucros obtidos com a comercialização do produto.
Os portugueses transportavam pau-brasil para a Europa e lucravam muito com esse comércio, mas eram os índios que cortavam as árvores, rachavam as toras e transportavam o pau-brasil até as feitorias criadas no litoral para armazenar o produto. Além disso, eram também os índios que carregavam o navio e trocavam seu trabalho e o produto por facas, espelhos, tecidos e outros objetos de irrisório valor comercial para os Portugueses. Assim se estabeleceu na Bahia e em todo o Brasil a troca direta de produto por produto chamada escambo.