Faça um texto da trajetoria historica das mulheres no brasil !
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Invisível
durante séculos, somente nos anos 1980 o tema finalmente emergiu como um
campo definido de pesquisa para os historiadores. Desde então, um número
significativo de publicações vem revelando o fortalecimento expressivo desse
interesse, como atesta o crescimento de livros, artigos em revistas especializadas,
teses, dissertações e simpósios temáticos versando sobre o tema.
Para Diane Elam (1997), após séculos de história ocidental, estritamente
uma narrativa sobre o “grande homem”, os historiadores gradualmente
voltaram atenção para o problema da representação da mulher. O que significaescrever uma história das mulheres? Como seria ela? Primeiro de tudo, a história
se tornou o local onde o feminismo pôde alterar a exclusiva universalidade do
homem como sujeito. Fez emergir, assim, um conhecimento sobre as mulheres
que questiona o papel central que os homens tradicionalmente têm ocupado
nas narrativas históricas. Para esta autora, estes novos conhecimentos devem
ser compreendidos não como um saber novo preferencial ao velho, mas como
uma reavaliação do conhecimento histórico.
Escrita fundamentalmente por homens, a narrativa histórica se absteve
de incorporar às suas preocupações o sujeito feminino. Este silêncio não foi
uma prerrogativa da historiografia brasileira ou latino-americana, mas atitude
constante inclusive em países como Estados Unidos e França, onde a busca
pelos direitos da mulher e o reconhecimento da condição feminina se deu mais
cedo do que entre nós.
Um ponto importante a ser discutido é: quando as mulheres passaram
a fazer parte das preocupações dos/das historiadores/as? Em que momento
suas vozes passaram a se fazer ouvir? As causas são variadas. Para alguns, a
resposta se encontra nas transformações trazidas pela Escola dos Annales;
outros creditam essa inclusão à própria mudança na noção de ciência; cita-se
ainda a contribuição do movimento feminista.
Para Michelle Perrot (2005), Marc Bloch e Lucien Febvre operaram
sim uma ruptura significativa no campo historiográfico, mas não reservaram
qualquer atenção para a figura feminina, visto que todo interesse da Escola
centrou-se nos planos econômicos e sociais. Ainda que este foco no social
possibilitasse que, nos anos seguintes, houvesse maior receptividade dos
historiadores quanto à presença da dimensão sexuada no interior da evolução
histórica, isto só terminaria ocorrendo de maneira significativa nos anos
1970, com a terceira geração dos Annales, a chamada Nouvelle Historie. É,
por exemplo, o caso de Georges Duby que, a partir de então, terá sua obra
profundamente marcada por uma verdadeira “obsessão” com as mulheres,
como salienta esta autora.
Assim é necessário admitir que mesmo tendo mantido as mulheres fora
das preocupações centrais, a Escola dos Annales, ao direcionar as pesquisas
do âmbito político para o social, possibilitou estudos sobre a vida privada,
as práticas cotidianas, a família, o casamento, a sexualidade etc. Temas que
permitiram a inclusão das mulheres na história.Outra causa importante foram as transformações trazidas pelo
surgimento de novos paradigmas científicos. A crítica ao racionalismo e o fim
da exigência de conceitos teóricos muito rígidos, relativizou o conhecimento
histórico, tanto no que diz respeito a uma determinada época quanto a uma
dada situação do historiador no tempo. Ao passar a interpretar os processos de
mudança por meio de um conhecimento dialético, os historiadores provocaram
uma reviravolta na perspectiva de análise, permitindo mais espaço para questões
antes tidas como de menor ou nenhuma importância, as mulheres entre eles
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