faça um texto comparando os movimentos de canudos e do contestado.indique o local e a época de cada movimento,as motivaçoes,os lideres,os grupos envolvidos e o desfecho de cada uma deles
Soluções para a tarefa
Comparando os movimentos de canudos e do contestado temos que:
O movimento dos Canudos foi um conflito entre o Exército Brasileiro e os membros de um movimento popular de conteúdo sócio-religioso liderado por Antonio Conselheiro, entre 1896 e 1897, o conflito teve origem nos Canudos, nas terras áridas de sertón ou caatinga, no nordeste do estado, então província da Bahia.
Era uma área muito pobre, com uma economia de subsistência baseada na agricultura e criação de gado, sem grandes cidades e uma população sem direitos composta principalmente por ex-escravos negros, empobrecidos e desenraizados, indígenas e mestiços.
Enquanto que, o movimento do contestado ocorreu em 1912 e foi um conflito armado entre as forças do governo (federal e estadual) e sertanejos que viviam em uma região disputada pelos estados de Santa Catarina e Paraná, deixando mais de 10 mil mortos.
Resposta:
Guerra de Canudos foi uma série de conflitos armados envolvendo o Exército brasileiro e sertanejos que seguiam o líder religioso Antônio Conselheiro, tendo ocorrido entre 1896 e 1897, no Arraial de Canudos, interior do estado da Bahia. O Brasil passava ainda pela transição para o sistema republicano, tendo acabado de eleger seu primeiro presidente por voto direto e, também, o primeiro presidente civil: Prudente de Morais.
Esses conflitos marcaram fortemente o início do período republicano, tanto pelo grau de violência quanto pelos motivos que teriam justificado a destruição do arraial e a execução de aproximadamente 25 mil pessoas que ali viviam.
Principais causas da Guerra dos Canudos
Existem, pelo menos, duas grandes vertentes que tentaram, e ainda tentam, explicar o que foi a Guerra de Canudos.
Baseada na monumental obra Os sertões, de Euclides da Cunha, publicada em 1902 após o autor acompanhar a “última expedição” a Canudos, a vertente “euclidiana” faz uso de leituras sociológicas características do final do século XIX. Por exemplo: o positivismo, de Hippolyte Taine, que buscava compreender as relações sociais com base em determinismos raciais, geográficos e históricos; e também o darwinismo social, de Herbert Spencer, opondo categorias dicotômicas, como “civilização” e “barbárie”.
Outros autores importantes da época e que também foram influências para Euclides da Cunha são: Karl Marx, Émile Durkheim, Auguste Comte, entre outros que foram fundamentais para o desenvolvimento da sociologia.
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Uma das teses propagandeadas pelo governo republicano, com a qual Euclides da Cunha partiu rumo a Canudos, refere-se ao conflito como um embate entre um foco de restauração monárquica, representado por Antônio Conselheiro e seus seguidores, e o Exército brasileiro, incumbido de combater os revoltosos.
Contudo, após voltar da guerra, Euclides da Cunha deu lugar a questões sociológicas complexas, com base nas referências teóricas do período, destacando um “raro caso de atavismo” em Antônio Conselheiro e diagnosticando — no ambiente, na miséria ali encontrada e na mestiçagem daquela população vítima do massacre — explicações para aquela situação.
Euclides da Cunha escreve Os sertões, principal material de referência para os estudos de Canudos.
Euclides da Cunha escreve Os sertões, principal material de referência para os estudos de Canudos.
Existia também uma dicotomia entre o litoral brasileiro, desenvolvido e “civilizado”, e o interior do Brasil, onde a “barbárie” reinava. Com base em suas observações, Euclides da Cunha questiona esses modelos defendendo a barbárie como elemento comum a ambas localidades, porém com características diferentes.
No final dos anos de 1950, uma outra tese surge a partir dos artigos publicados de Rui Facó, reunidos no livro Cangaceiros e fanáticos. De perspectiva marxista, as teses de Facó buscavam uma interpretação definitiva de Canudos, associando a Guerra de Canudos à luta pela abolição dos latifúndios, pelo direito à terra e contra a opressão (representada pelos militares e a elite cafeeira da época).
Nesse sentido, o movimento de Canudos passa a ser visto, portanto, sob aspectos positivos, uma vez que representa um capítulo importante na história da luta pela terra no Brasil. Essas teses são mencionadas em algumas bibliografias como “progressistas” e antagonizam com as teses “euclidianas”.
Contudo, nos anos de 1990, a historiografia brasileira começou a revisitar o conflito na tentativa de buscar subsídios que pudessem corroborar ou não com essas teses apresentadas sobre Canudos. Com a dificuldade de encontrar fontes confiáveis e elementos que pudessem sustentar tais assertivas, o conflito acabou ganhando contornos menos idealizados sem, ao mesmo tempo, deixar de destacar os absurdos cometidos contra a população que vivia no arraial. Esse momento, inclusive, é considerado um dos maiores massacres já cometidos pelo Exército brasileiro em território nacional na história do Brasil.
Estopim da Guerra dos Canudos
Já no final do ano de 1895, o próprio Antônio Conselheiro comprou uma certa quantidade de madeira em Juazeiro para o término da construção de uma nova e maior igreja no arraial. No entanto, apesar de terem recebido o dinheiro da compra, os comerciantes locais não entregaram a encomenda conforme planejado. Isso teria provocado a ira dos moradores do arraial, que, por sua vez, teriam ameaçado “assaltar” Juazeiro.
Explicação: