Geografia, perguntado por costaajuliaa, 10 meses atrás

Faça um texto com uma nova visão sobre o trabalho e o trabalhador
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Respondido por douglas9557
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Resposta:

Explicação:

Para o capital, o trabalhador é um não-ser. E, não sendo, não precisa de cuidado, nem de nada. Sua função, nesse modo de produção, é gerar lucro para um grupo muito pequeno da sociedade. E ponto final. Se ele morre, outro o substitui. É uma peça na máquina. Uma mercadoria, como outra qualquer, que pode ser adquirida a preço muito baixo.

Sua função, nesse modo de produção, é gerar lucro para um grupo muito pequeno da sociedade.  

Se tivesse uma “Rede Globo” naqueles tempos, o William Bonner da época diria: “Aceite feliz a sua expulsão do campo.  

Não precisarás mais trabalhar três dias para o dono da terra, sempre prisioneiro do senhor da gleba.  

As famílias foram expulsas do campo porque era preciso criar ovelhas para produzir a lã.  

E essa é a regra do capital: nem tão pouco que leve a morte, nem tão muito que leve a não querer mais trabalhar.  

Uma olhada nas condições de vida dos trabalhadores daquela época e tudo salta às vistas.  

Basta ler a obra prima de Engels “A situação da classe trabalhadora na Inglaterra”, que serviu de inspiração para Marx.  

trabalho, no mundo capitalista, não é a ação do homem sobre a natureza para criar algo que é útil para seu uso, como foi ao longo dos tempos em que uma pessoa detinha todo o conhecimento sobre como produzir algo.  

O trabalho agora é dividido em inúmeras funções, e o trabalhador muitas vezes só sabe uma pequena parte do processo.  

Além disso, o trabalho funciona apenas como uma maneira de o patrão garantir a sua riqueza, porque ele lucra sobre a ação do trabalhador.  

Marx explica: as mercadorias, cada uma delas, tem o seu valor expresso pelo tempo de trabalho socialmente necessário para sua produção.  

Cada pedaço do carro tem um valor, e esses valores, somados, dão o preço do carro que depois será informado ao comprador.  

Mas, tem uma mercadoria ali no carro, uma única mercadoria, que dá mais do vale: o trabalhador.  

É a mercadoria que ele vende – sua força de trabalho -  que garante a riqueza do patrão.  

Segundo os economistas da classe dominante, esse seria o valor necessário para que uma pessoa conseguisse se manter viva, de maneira muito precária, mas viva o suficiente para seguir trabalhando.  

Só que ao trabalhar quatro horas, a pessoa que está vendendo sua força de trabalho já está produzindo para o patrão o equivalente aos 937 reais que recebe.  

Ou seja, é mais ou menos parecido com o que acontecia na idade média, quando o servo da gleba tinha de trabalhar três dias para o dono.  

A diferença é que naqueles dias o trabalhador sabia muito bem quando estava dando seu trabalho ao patrão e quando estava trabalhando para si, cuidando da própria terra.  

E Marx descobriu que na roda das mercadorias, a única mercadoria que pode fazer isso é a que é vendida pelo trabalhador.  

E me diz desconfiado, tu tá aí admirado, ou tá querendo roubar?” Ou seja, o trabalhador faz a coisa, mas ele não é dono da coisa.  

Ele não produz para si o prédio que levanta, o que ele produz para si é apenas o salário, aquele, que o mantém mais ou menos vivo.  

Então, é assim, o trabalhador produz o carro, o tecido, o edifício, a máquina, mas não é dono disso e muitas vezes sequer consegue comprar as coisas que faz.  

Uma sociedade onde as coisas úteis – e mesmo algumas inúteis -  fossem produzidas e repartidas entre todos.  

Mas, lá na idade média, quando os burgueses começaram a sonhar com o que depois virou o capitalismo também haveria de ter gente a dizer: “mas nunca teve uma sociedade assim”.  

Vejam quantos profissionais graúdos, de grandes empresas que ao chegar a certa idade são demitidos.  

A pessoa é uma mercadoria, e quando ela estraga ou fica velha, deve ser trocada por outra que possa produzir mais e melhor, garantindo mais lucro ao patrão.  

Marx explica: na relação patrão x empregado a troca funciona assim: o trabalhador vende a força de trabalho e recebe o valor que garante, minimamente, os meios de subsistência, e só.  

Já o capitalista dá ao trabalhador, minimamente, os meios de subsistência e recebe dele o trabalho que é uma força criadora pelo qual o trabalhador não só restitui o que consumiu , mas dá ao trabalho acumulado um valor superior, ou seja, o lucro, que fica com o patrão.  

Nessa troca, o trabalhador só perde, e o patrão ganha duas vezes: recebendo a mercadoria pronta, e recebendo o mais-valor, o lucro.  

E os donos dos meios – os patrões - sabem disso, e utilizam essa chantagem para garantir cada vez mais salários menores, que deixam o trabalhador na linha da morte, mas vivo o suficiente para ser explorado.  

Segundo Marx, é fundamental restaurar a unidade que havia entre o trabalhador e os meios de produção, mas tudo isso terá de se dar sob outra forma histórica, já que é impossível dentro do capitalismo.


douglas9557: espero ter ajudado
douglas9557: marca como a melhor resposta por favor?
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