Faça um texto, com o mínimo de 20 linhas, fazendo uma reflexão entre a resenha do filme "O
Poco" e o artigo do livro acima, sobre a importância da consciência coletiva por parte de todas
as pessoas que compõe a sociedade.
Anexos:
Soluções para a tarefa
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17
Olá Rayla !!!
O Poço" conta a história de Goreng, um homem que acorda como prisioneiro em uma cadeia vertical. Com centenas de níveis, o lugar se baseia na divisão da comida: um banquete vem descendo do nível zero até o fim - quanto mais para baixo, menos alimento e mais precária a situação.
O poço, claro, é uma representação da sociedade, e, como o companheiro de cela de Goreng diz, “existem os de cima, os de baixo e os que caem”. A comida é o recurso - quanto mais em cima se está, mais recursos estão disponíveis, até que não sobre nada para quem está abaixo.
A prisão funciona de forma aleatória: é impossível saber onde se estará no mês seguinte, quem estará ao seu lado, quais serão os recursos disponíveis e as ameaças existentes. Em vários momentos, os personagens soltam frases sobre como o lugar funciona - mensagens que, claro, também servem de reflexão para quem está assistindo.
Quando Goreng sugere a divisão de recursos, seu companheiro pergunta se ele é comunista. “Os de cima não ouvem os comunistas”, alerta. Em outros momentos há falas como “não fale com os que estão embaixo”, “agradeça por estar onde está”, “se eles pudessem, também cuspiriam na nossa comida”, entre outras.
Em linhas gerais, então, o filme convida o público a refletir sobre a crueldade do sistema social de forma bem explícita: quem está acima não se importa com quem está abaixo; quem está abaixo perde qualquer senso de compaixão após ter seus recursos e dignidade cortados. O individualismo é a lei.
• EXTRA :
O velho = Podemos interpretar o companheiro de cela de Goreng, como o “status quo”, ou seja, “as coisas são assim mesmo e não vão mudar”. É ele quem ensina o protagonista como o poço funciona: despreze quem está embaixo, não peça nada a quem está em cima (“eles não ouvem”), aceite sua condição e os outros que lutem.
O livro e a faca = Podemos interpretar esse embate como cultura x violência. Quando a situação aperta, o lado racional fica de lado e a arma se torna o único meio de sobrevivência.
Baharat e a intolerância = O personagem traz uma corda e tenta conversar com o casal que está no nível acima, para que eles os ajudem a subir. “Em que deus você acredita?”, pergunta o homem de cima. O casal não deixa Baharat subir, debocha, maltrata e violenta o homem. De forma bem clara, a situação representa a intolerância e o preconceito - de classe, de raça, de crença, etc.
Mulher com o cachorro = Um dia, Goreng acorda ao lado de uma mulher, que trabalha para a administração (que podemos interpretar como o governo no mundo real)
A criança = No fim, Goreng chega à conclusão de que “a criança é a mensagem”. Encontrada literalmente no fundo do poço, a menina está intacta - o que explica a presença da mãe, que vagava pelos níveis. Em vários momentos, a mulher é taxada de louca: os outros acreditam que não existe criança alguma. Não há uma explicação concreta, mas podemos interpretar que a mulher sempre fez o que Goreng está fazendo agora: subindo e descendo no poço para levar comida à filha e protegê-la.
O fundo do poço = Ao chegar no último nível (que é o número 333, carregado simbolismo espiritual), Goreng já ganhou a fama de messias e se encontra novamente com o velho. O protagonista diz que subirá até o nível zero para levar a criança como mensagem e seu companheiro diz que isso é egoísmo: o mensageiro não é necessário, apenas a mensagem. Goreng deve, então, se sacrificar pela sua crença (na mensagem). Ele não será mais visto pelos outros, mas o legado ficará.
Porque a menina é a mensagem?
São várias as interpretações, claro, mas na ficção, crianças costumam ser símbolo de esperança no futuro, pureza, inocência e bondade. Assim, a mensagem que deve chegar à administração é de que, apesar de tudo, o espírito humano, a compaixão, a solidariedade e a empatia sempre resistem, mesmo que “quem está em cima” nem acredite em sua existência.
Espero ter ajudado !!
O Poço" conta a história de Goreng, um homem que acorda como prisioneiro em uma cadeia vertical. Com centenas de níveis, o lugar se baseia na divisão da comida: um banquete vem descendo do nível zero até o fim - quanto mais para baixo, menos alimento e mais precária a situação.
O poço, claro, é uma representação da sociedade, e, como o companheiro de cela de Goreng diz, “existem os de cima, os de baixo e os que caem”. A comida é o recurso - quanto mais em cima se está, mais recursos estão disponíveis, até que não sobre nada para quem está abaixo.
A prisão funciona de forma aleatória: é impossível saber onde se estará no mês seguinte, quem estará ao seu lado, quais serão os recursos disponíveis e as ameaças existentes. Em vários momentos, os personagens soltam frases sobre como o lugar funciona - mensagens que, claro, também servem de reflexão para quem está assistindo.
Quando Goreng sugere a divisão de recursos, seu companheiro pergunta se ele é comunista. “Os de cima não ouvem os comunistas”, alerta. Em outros momentos há falas como “não fale com os que estão embaixo”, “agradeça por estar onde está”, “se eles pudessem, também cuspiriam na nossa comida”, entre outras.
Em linhas gerais, então, o filme convida o público a refletir sobre a crueldade do sistema social de forma bem explícita: quem está acima não se importa com quem está abaixo; quem está abaixo perde qualquer senso de compaixão após ter seus recursos e dignidade cortados. O individualismo é a lei.
• EXTRA :
O velho = Podemos interpretar o companheiro de cela de Goreng, como o “status quo”, ou seja, “as coisas são assim mesmo e não vão mudar”. É ele quem ensina o protagonista como o poço funciona: despreze quem está embaixo, não peça nada a quem está em cima (“eles não ouvem”), aceite sua condição e os outros que lutem.
O livro e a faca = Podemos interpretar esse embate como cultura x violência. Quando a situação aperta, o lado racional fica de lado e a arma se torna o único meio de sobrevivência.
Baharat e a intolerância = O personagem traz uma corda e tenta conversar com o casal que está no nível acima, para que eles os ajudem a subir. “Em que deus você acredita?”, pergunta o homem de cima. O casal não deixa Baharat subir, debocha, maltrata e violenta o homem. De forma bem clara, a situação representa a intolerância e o preconceito - de classe, de raça, de crença, etc.
Mulher com o cachorro = Um dia, Goreng acorda ao lado de uma mulher, que trabalha para a administração (que podemos interpretar como o governo no mundo real)
A criança = No fim, Goreng chega à conclusão de que “a criança é a mensagem”. Encontrada literalmente no fundo do poço, a menina está intacta - o que explica a presença da mãe, que vagava pelos níveis. Em vários momentos, a mulher é taxada de louca: os outros acreditam que não existe criança alguma. Não há uma explicação concreta, mas podemos interpretar que a mulher sempre fez o que Goreng está fazendo agora: subindo e descendo no poço para levar comida à filha e protegê-la.
O fundo do poço = Ao chegar no último nível (que é o número 333, carregado simbolismo espiritual), Goreng já ganhou a fama de messias e se encontra novamente com o velho. O protagonista diz que subirá até o nível zero para levar a criança como mensagem e seu companheiro diz que isso é egoísmo: o mensageiro não é necessário, apenas a mensagem. Goreng deve, então, se sacrificar pela sua crença (na mensagem). Ele não será mais visto pelos outros, mas o legado ficará.
Porque a menina é a mensagem?
São várias as interpretações, claro, mas na ficção, crianças costumam ser símbolo de esperança no futuro, pureza, inocência e bondade. Assim, a mensagem que deve chegar à administração é de que, apesar de tudo, o espírito humano, a compaixão, a solidariedade e a empatia sempre resistem, mesmo que “quem está em cima” nem acredite em sua existência.
Espero ter ajudado !!
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