História, perguntado por amandinhaK24, 8 meses atrás

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- brasil: consequências da escravidão africana na atualidade


gatinho2021: oi amandinha

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Respondido por FrancimiuradaSilva
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A partir do processo de expansão marítima empreendido pelas nações européias e o desenvolvimento do tráfico negreiro, diversas dessas culturas foram profundamente transformadas. No ambiente colonial, várias das tradições foram reinterpretadas à luz das demais culturas que conviviam no continente americano.
Na África, o resultado do sistema escravagista foi devastador. Comunidades que antes conviviam pacificamente se militarizaram e travaram guerras infindáveis. Enquanto durou a escravidão, os escravos, assim “produzidos”, eram vendidos em feiras e exportados. Depois, os antagonismos étnicos entre os capturados e os captores se acentuaram, de forma que mesmo após a retirada dos últimos colonizadores, já no final do séc. XX, as guerras continuaram ocorrendo. Houve mais interferências externas.
Outras circunstâncias contribuíram para que a África chegasse ao século XXI como o continente mais pobre, injusto e desigual do planeta. Uma delas foi a introdução de mercadorias estrangeiras, ainda no tempo colonial, que provocou a ruína do sistema de produção local. Em Angola o sistema do sobado entrou em decadência com a implantação de plantations. Outros centros comerciais próximos ao Rio Kwanza, como o Dongo, passaram a comercializar borracha, cera, café, amendoim e outros produtos demandados pelos europeus – em detrimento da produção de bens de subsistência essenciais para a população.
O resultado dessa história milenar de exploração e injustiça são as guerras civis e a extrema pobreza em que o continente chafurda até os dias atuais.
Na África, a exploração da mão-de-obra escrava, primeiro pelos árabes e depois pelos europeus, provocou uma desestruturação de enormes proporções, que ainda não foi superada. Guerras, doenças e pobreza devastam, até os dias atuais, grande parte do continente, cujas riquezas naturais seguem sendo escoadas para os cofres de povos já exageradamente ricos.
A escravatura afeta as vidas de milhões de crianças, mulheres e homens vendidos como mercadoria, obrigados a trabalhar sem salário, à mercê dos seus dono. Na Etiópia, muitas jovens são exportadas para os países árabes como domésticas ou prostitutas. Na África Ocidental, dezenas de milhares de crianças com cinco ou mais anos de idade são traficadas do Benim, Burkina Faso, Gana, Mali, Nigéria e Togo para o Benim, Congo, Costa do Marfim, Guiné Equatorial, Gabão e Nigéria devido a fatores econômicos e demográficos. Os pais, geralmente polígamos e idosos, vendem-nas para pagar dívidas ou melhorar o pobre orçamento familiar. Esses miúdos fazem trabalhos domésticos, vendem água, refrescos e outros produtos nos mercados, trabalham em plantações agrícolas, pescas, minas, na prostituição ou como pedintes. Maltratados e subalimentados, chegam a trabalhar até 18 horas por dia. Em 1998, uma criança do Mali era vendida por cerca de 30 euros.
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