Faça um texto com as próprias palavras sobre "o mito da caverna" de platão
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No contexto histórico de quando foi escrito, Platão tentava por meio de uma parábola simples, transmitir sua visão de como o conhecimento era importante e libertador para a sociedade e como era relacionado o conhecimento ao poder político. Também é possível notar a homenagem feita ao seu mentor Sócrates, que injustamente foi condenado a morte pelo governo da época. Para Platão, Sócrates foi aquele que contestou, rompeu com os preconceitos de sua época e foi condenado à morte por isso.
A história narra a fuga de um prisioneiro de uma caverna escura para um mundo brilhante e magnífico.
Tudo se inicia com os prisioneiros acorrentados, amarrados vivendo em uma caverna iluminada somente por uma fogueira atrás de si, atrás de um muro, que por conta das amarras não era vista pelos homens. Mas atrás dos muros, algumas vezes passavam imagens que refletidas pelo fogo geravam sombras na única parte visível aos prisioneiros.
Sem conhecimento ou explicação do que aquelas sombras eram, os homens criaram nomes e objetivos aquelas sombras, dando um sentido criado aquilo que eles viam.
Trazendo para nossa realidade, podemos dizer que assim como aqueles homens, nascemos com uma realidade imposta para nós, onde sem explicações ou provas, somos ensinados à partir do que conhecemos.
Mas a narrativa nos conta, que um desses prisioneiros, resolveu se libertar das amarras e buscar o que existia do outro lado do muro. Depois de muito esforço, ele se livrou, fugiu da caverna e descobriu um mundo magnífico, além de tudo que aqueles homens eram capazes de imaginar.
Não foi fácil para aquele prisioneiro, ele precisou rejeitar a verdade imposta sobre ele, precisou se esforçar para se livrar das amarras, e depois ainda teve de procurar a saída sozinho. Mas ele não desistiu nem ao ver o fogo, ele foi até a fonte da luz, o Sol. A luz da fogueira, do Sol, lhe agrediu os olhos, mas aquele prisioneiro insistiu em sua busca!
Com a realidade atual, não é diferente. Ir contra os ensinamentos que temos não é fácil. Nascemos com a imposição de uma verdade sem espaço para questionamentos.
E na continuação, depois de se ver livre, surgiu no prisioneiro a necessidade de voltar e dar aos outros prisioneiros a mesma oportunidade que ele de ver a verdade, de serem livres. Mas a convicção daqueles prisioneiros era tão grande, que eles lutaram para se manterem presos, acreditando que aquela era a melhor alternativa possível.
É como se as pessoas ficassem cegas depois de se convencer de uma coisa, se fechando para qualquer outra coisa que não seja sua própria verdade. Se negam a questionar, buscar conhecimento e se convencem de que o que tem é o bastante.
Vivemos em um mundo onde todas as respostas já vem prontas, onde a tecnologia faz tudo por nós. O Comodismo se tornou parte da rotina, e o ser humano deixou de buscar conhecimento e sabedoria. As pessoas têm preguiça de pensar, de duvidar, de questionar, tornando-se meras receptoras de informações, conformadas com aquilo que é dito para elas. Não se busca mais saber o porquê das coisas serem como são e nem o modo como elas realmente são.
Assim como o que aconteceu com o prisioneiro, a atitude filosófica é determinada pela postura crítica que o homem adota frente às determinações e imposições sociais. Apesar de possuir uma definição geral, a atitude filosófica apresenta quatro aspectos que podem complementar sua definição: o espanto, a dúvida, o rigor e a insatisfação.
Rainara Pessôa