Faça um resumo sobre os ritmos maranhense
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Bumba-Meu-Boi é a expressão máxima da cultura popular do Maranhão.Elevado a Patrimônio Imaterial do povo brasileiro, a manifestação tem origens indefinidas, mas elementos culturais africanos e europeus, introduzidos principalmente por meio da religiosidade, são evidentes.
Sotaque de Zabumba : Ritmo original do Bumba-meu-boi, marca a forte influência africana na manifestação. São utilizados instrumentos como pandeirinhos, maracás e tantãs, além das zabumbas. No vestuário destacam-se golas e saiotas bordadas e chapéus com fitas coloridas. Pertencem a esse grupo bois como o Boi Fé em Deus e Boi de Leonardo.
Sotaque de Orquestra : Ao incorporar outras influências, o Bumba-meu-boi ganha o acompanhamento de diversos instrumentos de sopro e cordas. O vestuário é bem elaborado e diferenciado dos demais ritmos. Dentre os mais conhecidos, estão Bois de Axixá, Boi de Sonhos e Boi de Nina Rodrigues.
Sotaque de Pindaré : Matracas e pandeiros pequenos dão o ritmo deste sotaque. E o personagem Cazumbá, uma mistura de homem e bicho é o destaque que diverte os brincantes e o público. Destacam-se os bois da Baixada, o Boi de Apolônio, Boi de Pindaré, Boi Unidos de Santa Fé.
Sotaque de Costa de Mão : Típico da região de Cururupu – Floresta dos Guarás – recebe este nome em virtude de uns pequenos pandeiros tocados com as costas das mãos. Além de roupa em veludo bordado, os brincantes usam chapéus em forma de cogumelo, com fitas coloridas e grinaldas de flores. O Boi de Cururupu é o mais tradicional.
Sotaque da Ilha ou de Matraca :Como são conhecidos os bois originários da ilha de São Luís e que utilizam como principais instrumentos as matracas e os chamados pandeirões. São os mais populares e queridos, formando verdadeiras nações, a exemplo dos bois de Maracanã, Maioba e Madre Deus.
da promessa e da diversão. É nesta época de junho, que reina majestoso o Bumba-meu-boi. O
auto popular do Bumba-meu-boi conta a estória da Catirina, uma escrava que leva seu homem, o
nego Chico, a matar o boi mais bonito da fazenda para satisfazer-lhe o desejo de grávida, de
comer língua de boi. Descoberto o malfeito, manda o Amo (que encarna o fazendeiro, o
latifundiário, o "coronel" autoridade) que os índios capturem o criminoso, o qual, trazido à sua
presença, representa a cena mais hilariante da comédia (e também a mais crítica no sentido
social). Para ressuscitar o boi chama-se o doutor, cujos diagnósticos e receitas estapafúrdias
ironizam a medicina. Finalmente, ressurgido o boi e perdoado o negro, a pantomima termina
numa grande festa cheia de alegria e animação, em que se confundem personagens e assistentes.
Com traços semelhante aos dos autos medievais, a brincadeira do Bumba-Meu-Boi existe em
outras regiões do País, mas só no Maranhão tem três estilos, três sotaques, e um significado tão
especial. É mais que uma explosão de alegria. É "quase uma forma de oração", servindo como elo
de ligação entre o sagrado e o profano, entre santos e devotos, congregando toda a população.
O Bumba-Meu-Boi de verdade nasce de pagamento de uma promessa feita ao "glorioso" São
João, mas nas festas juninas maranhenses também se rende homenagens a São Pedro e São
Marçal.
TAMBOR-DE-CRIOULA
A tradição do Tambor-de-Crioula vem dos descendentes africanos. É uma dança sensual,
excitante, que apresenta variantes quanto ao ritmo e a forma de dançar, e que não tem um
calendário fixo, embora seja praticada especialmente em louvor a São Benedito.
É dançado apenas por mulheres que fazem uma roda, em cujo centro evolui apenas uma delas. O
momento alto da evolução é a "punga" ou umbigada. A punga é uma forma de convite para que
outra dançarina assuma a evolução no centro da roda.
O Tambor de Crioula é ritimado por 3 tambores, que recebem os nomes de grande ou roncador
(faz a marcação para a punga), meião ou socador (responsável pelo ritmo) e pequeno ou crivador
(faz o repicado).
TAMBOR-DE-MINA
O tambor de mina é o termo pelo qual é conhecida a religião que os descendentes de negros
africanos de origem jeje e nagô trouxeram para o Maranhão. É uma manifestação da religiosidade
popular especificamente maranhense que tem lugar em casas de culto conhecidas como terreiros.
É uma religião de possessão, onde os iniciados recebem entidades espirituais cultuadas pelo seu
pai de santo em rituais conhecidos como tambor.
Nos rituais são utilizados instrumentos como tambores, cabaças, triângulos e agogôs. Mediante o
toque dos instrumentos, os iniciados, em grande parte mulheres, vestidas com roupas específicas
para o ritual, dançam e incorporam as entidades espirituais.
Em São Luís, duas casas de culto africano deram origem a esta forma de manifestação da
religiosidade dos negros: a Casa das Minas e a Casa de Nagô.
A Casa das Minas foi fundada por negras trazidas do reino do Daomé (hoje Benim), habitado por
negros Mina. Nesse terreiro são recebidas entidades espirituais denominadas voduns.
A Casa de Nagô, também fundada por descendentes de africanos, deu origem aos demais
terreiros de São Luís, onde são recebidas entidades caboclas de origem européia ou nativa.