Geografia, perguntado por franzinha221215, 8 meses atrás

faça um resumo sobre as queimadas em setembro muito piores em 2020 ​

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Respondido por vihbritovih
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Resposta:

Dados do Instituto de Pesquisas Espaciais mostram que 2020 já é pior ano e o pior setembro da história do Pantanal em números de focos de queimadas.

Quem está acostumado a ver uma natureza exuberante se choca com as imagens. Pouca vegetação resistiu por onde o fogo já passou: 33% da área do Pantanal em Mato Grosso viraram cinzas.

O biólogo Gustavo Figueirôa, que coordena uma força-tarefa de voluntários para combater o fogo, diz que falta estrutura na região.

“A logística aqui está muito complicada. Não tem lugar suficiente para as pessoas ficarem, não tem veículos suficientes para as pessoas andarem. O fogo já passou pela região do Porto Jofre, está subindo para o norte novamente. O que a gente encontra aqui são poucos focos de incêndio, mas muitas áreas queimadas. Felizmente encontramos uma onça pintada e uma família de ariranhas sem machucados, sem queimaduras. Isso é um alívio. A fumaça está muito forte, a gente mal consegue enxergar dez metros na frente”, conta.

Só em setembro, o Inpe notificou mais de 5.200 focos de calor no Pantanal. É o pior mês em registros desde o início da série histórica, em 1998. No ano de 2020, já são quase 16 mil. O governo do estado aguarda o repasse dos R$ 10 milhões que o governo federal anunciou para o combate ao fogo em Mato Grosso.

Para o climatologista Rodrigo Marques, o que aconteceu no Pantanal em 2020 foi uma catástrofe para a natureza.

“A gente tem visto aí algo que fugiu completamente do controle, muito por conta da negação: ‘não, não é nada disso que estão falando’. E, agora que de fato viram que é algo sem precedentes, a gente vai pagar um preço muito alto, porque a gente não vai recuperar tudo que perdeu e vai levar um bom tempo para recuperar parte do que foi perdido”, avalia Rodrigo Marques, climatologista da UFMT.

Ainda não dá para saber qual o impacto de uma queimada tão grande, nem quantos anos serão necessários para o bioma se recuperar. Mas, enquanto isso, cada vez mais voluntários partem para o Pantanal para ajudar a resgatar e alimentar animais. Um grupo conseguiu cinco toneladas de alimentos, a maior parte frutas e legumes.

O médico veterinário Antônio Carlos Csermak Júnior é especialista em onças. Ele viajou de Minas Gerais para ajudar os animais.

“É muito triste, qualquer queimadura a gente sabe a dor que é. Mesmo a situação do incêndio sendo controlada, a gente cuidando dos animais que a gente conseguir ter acesso, vai faltar comida para esses animais depois, então é preocupante, sim”, lamenta

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