Ed. Moral, perguntado por hjinha, 1 ano atrás

faça um resumo sobre a vida de Mikhail Sebastian​

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Respondido por nunesgyn
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Resposta:

Mikhail foi rejeitado por dois países. Depois de muita insistência, os EUA decidiram acolhê-lo — mas aí mudaram de ideia. E as coisas ficaram piores ainda.

Quando a União Soviética chegou ao fim, em 1991, o agente de viagens Mikhail Sebastian virou apátrida. Nascido no Azerbaijão, na época em que o país ainda era parte da URSS, ele perdeu o direito à nacionalidade: o governo azerbaidjano não quis reconhecer Mikhail, pois ele pertencia à etnia armênia. A Armênia também não lhe deu cidadania, por não estar convencida de seus laços com o país. Então ele resolveu tentar a sorte nos Estados Unidos – onde a legislação permite que apátridas obtenham visto de residência. O pedido foi negado, mas o ex-soviético resolveu continuar nos EUA, como clandestino. Em 2002, um juiz determinou que ele fosse preso e deportado.

O problema é que, a essa altura, o passaporte de Mikhail, da finada URSS, já não tinha nenhum valor – e não havia para onde deportá-lo. Os americanos resolveram soltá-lo e conceder-lhe um visto de trabalho. Com duas condições: Mikhail tinha de se apresentar regularmente às autoridades, e não podia sair dos EUA. Só que ele adorava viajar. Visitou vários territórios americanos, como Havaí, Guam, Porto Rico e Samoa Americana, uma possessão dos EUA na Polinésia. Aí ele resolveu dar uma esticadinha até a vizinha Samoa, um país independente. Quando quis regressar aos EUA (onde tinha uma casa, na Califórnia), teve uma surpresa: foi impedido de voltar. Para o Departamento de Imigração, ao fazer a viagem Mikhail havia se autodeportado.

Sem uma pátria para onde retornar, ficou preso em Tutuila, perto de Samoa, por mais de um ano. Proibido de trabalhar, ele foi acolhido na casa de uma família samoana, e vivia com uma ajuda de custo semanal de US$ 50, paga pelo governo da região. Na maior parte do tempo, era visto no McDonald’s local, usando a conexão à internet para postar apelos online. “Não aguento mais. Só quero ir para casa”, declarou num deles. Em março de 2013, já com 39 anos, Mikhail Sebastian finalmente recebeu permissão para voltar aos EUA. Ele tinha virado uma celebridade em Samoa, onde participou de várias reportagens e programas de TV. “As pessoas ficaram tristes ao vê-lo partir, mas estão muito felizes ao mesmo tempo”, declarou La Poasa, repórter da rádio KHJ de Samoa, que trabalhou na cobertura do caso.

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