Português, perguntado por mc0253594, 11 meses atrás

FAÇA UM RESUMO DE CADA UMA DAS FIGURAS DE LINGUAGEM EM SEU CADERNO.



Copie as respostas no caderno para que posteriormente possamos corrigi-las.

Leia este poema de Mario Quintana para refletir sobre o valor expressivo da linguagem.



Poema

Oh! Aquele menininho que dizia

“Fessora, eu posso ir lá fora?”

Mas apenas ficava um momento

bebendo o vento azul...

Agora não preciso pedir licença a ninguém.

Mesmo porque não existe paisagem lá fora:

somente cimento.

O vento não mais me fareja a face como um cão amigo...

Mas o azul irreversível persiste em meus olhos.

QUINTANA, Mario. Poema. In: FERRAZ, Eucanaã (Org.). A lua no cinema e outros poemas. São Paulo: Companhia das Letras, 2011. p. 39. © by Elena Quintana.



1 Observe o emprego do pronome me no oitavo verso e responda: quem é o “menininho” de que fala o eu lírico?

2 De que maneira se constroem as referências temporais desse poema?

3 Em “Fessora, eu posso ir lá fora?”, encontramos uma fórmula usada socialmente, em algumas regiões, para evitar o uso de outra considerada menos educada ou meio constrangedora. Qual seria?

4 Que imagem usada no poema traduz o prazer sentido pelo eu lírico ao sair para o espaço aberto e livre?

5 Como você interpreta a imagem final, o “azul irreversível” que persiste nos “olhos” do eu lírico?



Resposta pessoal. O “azul irreversível” pode ser interpretado como a sensibilidade da infância, o gosto pela vida, o prazer, que persistem dentro do eu lírico.



Você reparou como, nesse poema, o trabalho com as palavras cria sentidos e sensações variados? O efeito singelo e comovente do texto decorre, principalmente, de uma imagem: um “vento azul” que colide com o cinza, sugerido pela imagem do “cimento”, remetendo aos prédios e ao bloqueio da visão causado por eles. A ​

Soluções para a tarefa

Respondido por And40meda
4

questão 1.

o pronome pessoal "me" refere-se à primeira pessoa do singular. assim, ao utilizar o emprego de tal termo, temos que o menininho, descrito pelo eu-lírico, diz respeito a ele mesmo, no decorrer de uma transição temporal.

questão 2.

conforme analisado na questão anterior, vemos uma transição temporal, na qual o poeta narra acerca de si mesmo quando criança, logo, um "menininho" e um momento mais adulto, sendo esta a fase temporal em que o eu-lírico se encontra atualmente, deste modo, cunha o pronome "me", referindo-se a si mesmo.

questão 3.

ao pedir para que vá lá fora, o aluno provavelmente estaria indicando que gostaria de tomar água ou ir ao banheiro. todavia, utiliza-se dessa frase, mais apropriada, para não tornar tão exposto e constrangedor seu pedido por satisfação de suas necessidades.

questão 4.

a frase "bebendo o vento azul" mostra que toda a satisfação fisiológica do aluno tornava-se suprida simplesmente com a tomada do ar. assim, se sua necessidade era tomar água ou ir ao banheiro, já não tornava-se sua principal problemática, haja vista que se encontrava tragando e bebendo o vento azul.

questão 5

há no eu-lírico um sentimentalismo guardado. assim, mesmo que tenha ocorrido transformações ou sofrido mudanças mediante a todas as impactos industriais e urbanos causadas em seu ambiente, o azul do céu ainda se encontra guardado e capturado de modo irreversível nos olhos do narrador.

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