Biologia, perguntado por joaovitorburrinho, 9 meses atrás

faça um resumo de a proliferação dos ninhos de saúva evidenciam o empobrecimento da Caatinga causada pelo retirada lenta e continua de árvores e de animais das matas. Por que consiste na extração de pequenas porções de recursos naturais, esse processo escapa das imagens de satélites, mas, em silêncio, transforma a paisagem do Sertão nordestino e aumenta o risco de desertificação. outro sinal visível da metamorfose é a proliferação de plantas invasoras como a algaroba, árvores nativas dos Andes usada para extração de madeira e alimentação do Gado. as invasoras crescem com rapidez em ambientes mais abertos e tornam-se dominantes em roças ou pastos.​

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Respondido por ricardo6778
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Resposta:

Durante três dias de sol forte, na segunda semana de março de 2018, uma equipe da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) cavou crateras na terra seca de roças abandonadas no Parque Nacional do Catimbau, na região central de Pernambuco, para examinar o interior de ninhos de saúva. Os pesquisadores viram que, em áreas de solo raso como as que escavavam, as formigas guardavam matéria orgânica a até 3 metros (m) de profundidade, dificultando o acesso das plantas a nutrientes e retardando a regeneração da vegetação original. Em outras expedições, já tinham observado que a densidade das colônias de saúva aumentava de duas por hectare (ha) nas áreas de vegetação nativa para 15 por ha (1 ha corresponde a 10 mil metros quadrados) nos trechos usados para cultivo agrícola ou pastagem. As saúvas sobrepõem-se a outras espécies de formigas à medida que a vegetação nativa é retirada.

A proliferação dos ninhos de saúva evidencia o empobrecimento da Caatinga causado pela retirada lenta e contínua de árvores e de animais das matas. Por consistir na extração de pequenas porções de recursos naturais, esse processo escapa das imagens de satélite, mas, em silêncio, transforma a paisagem do sertão nordestino e aumenta o risco de desertificação. Outro sinal visível da metamorfose é a proliferação de plantas invasoras como a algaroba (Prosopis juliflora), árvore nativa dos Andes usada para extração de madeira e alimentação do gado. As invasoras crescem com rapidez em ambientes mais abertos e tornam-se dominantes em roças ou pastos abandonados.

Situado no município de Buíque, com 622 quilômetros quadrados (km2), o parque do Catimbau abriga cerca de 1.500 pessoas, que já viviam ali no momento de sua criação, em 2002. Os moradores usam as áreas de mata para plantar milho e feijão, criar cabras, retirar madeira para fazer cerca ou cozinhar e caçar para se alimentar. Ali, concluíram os pesquisadores da UFPE, as intervenções dos pequenos produtores rurais causaram a perda de pelo menos um terço da biodiversidade, principalmente de plantas.

“Não é um quadro isolado”, diz o ecólogo Marcelo Tabarelli, da UFPE, coordenador do grupo de pesquisa. “A trajetória da degradação, com a transformação da floresta em uma vegetação dominada por arbustos e depois por herbáceas, ocorre em toda a Caatinga. Quanto maior a pressão humana sobre a vegetação nativa e quanto menos água, mais pobres serão o ambiente e as pessoas que vivem dele.”

A ação humana sobre a vegetação nativa do interior do Nordeste é antiga. No século XVI, o sertão produzia carne e alimentos para os moradores do litoral, que priorizavam a produção de cana-de-açúcar. Como resultado de cinco séculos de exploração econômica, quase metade (45%) da área original da Caatinga – 826 mil km2, o equivalente a 11% do território nacional – já foi desmatada, como resultado principalmente da ação dos grandes produtores rurais.

Na introdução ao livro Caatinga – The largest tropical dry forest region in South America, publicado em 2017, Tabarelli, os biólogos Inara Leal, também da UFPE, e José Maria Cardoso, da Universidade de Miami, nos Estados Unidos, observaram que os moradores de comunidades rurais da Caatinga dependem da vegetação nativa para sobreviver, o que causa uma lenta e contínua alteração do ambiente. Segundo eles, somando a ação dos moradores do sertão com os grandes projetos de infraestrutura e a agricultura comercial, pelo menos 63% da Caatinga já deve ter sofrido os efeitos da ação humana.

Explicação:

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joaovitorburrinho: eu falei para resumir não fazer um texto gigante
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