faça um resumo de 30 linhas sobre "o Brasil na guerra" e o "estado e classe trabalhadora"
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lutas sociais e de classes no Brasil remontam aos primeiros momentos desde que o invasor português colocou seus pés nesse território e iniciou a exploração baseada na estrutura do latifúndio (inicialmente, com as capitanias e as sesmarias). Algumas tribos resistiram, até onde puderam, à dominação portuguesa, com violência e muitas vezes surpreendendo o inimigo, como por exemplo os tupinambás, tamoios, potiguares, aimorés, cariris...
Esses focos de resistência, embora nunca foram generalizados, aconteceram além dos povos nativos e várias revoltas de negros cativos por toda a época de colonização foram registradas. Outras lutas, em diversas ocasiões, também aconteceram e uniram tanto povos nativos sobreviventes, como negros que se rebelavam à escravidão e brancos pobres que viviam explorados e vivendo miseravelmente. As revoltas eram de forma desorganizadas, sem um centro de comando e sem qualquer tática objetiva, mas foram importantes na formação de uma consciência de resistência entre os povos que formaram este país.
A população negra, escravizada, liderou revoltas contra a escravidão e o regime de latifúndio que provocava uma miséria generalizada. Além de Palmares, destacam-se as revoltas dos malês (entre 1807 a 1835, com as lideranças muçulmanas que viviam na Bahia) e inclusive insurreição armada como a liderada por Manoel Balaio (Maranhão, 1839)(1).
Desenvolvimento tardio e ideologia operária
O que se pode chamar de indústria fabril, capitalista, simplesmente não existiu no Brasil antes do século 19. A indústria açucareira, baseada no latifúndio e na mão de obra escrava, não era, portanto, capitalista. Ali, os resquícios feudais eram fortes. Após a vinda da família real ao Brasil (1808) houve um certo desenvolvimento comercial com abertura de portos e a vinda de novas ideias, onde uma indústria teve seu início tímido. Antes mesmo da vinda de Dom João VI, já existiam metalúrgicas de pequeno porte para a fabricação de ferro (Sorocaba, 1801) e fábrica de armamentos em Minas Gerais (1811). O aumento do setor industrial se deu mais à frente. Segundo Jorge Silva, em 1850 existiam por volta de “50 indústrias, entre fábricas de tecidos, alimentação, metalurgia e produtos químicos”(2). A maioria da reduzida classe operária nesse período era composta por imigrantes europeus. A base econômica do Brasil, nesse período histórico, era a agroexportação do açúcar (em menor importância), o algodão (que aproveitou o fato da Inglaterra ser atravessadora na exportação do produto para os Estados Unidos que estavam em Guerra Civil, assim como para a própria Inglaterra que vivia o apogeu da indústria têxtil) e o café (que já respondia como principal cultura).