Filosofia, perguntado por Usuário anônimo, 1 ano atrás

FAÇA UM RESUMO DAS PÁGINAS ANEXADAS

Anexos:

Soluções para a tarefa

Respondido por Usuário anônimo
1

Nesta obra o autor inicia afirmando que o mito é uma intuição compreensiva da realidade, uma forma espontânea de nos situarmos no mundo. Que o mito não está fundamentado numa razão, e sim, nas narrativas das emoções transferidas de geração para geração, apoiadas numa lógica do imaginário humano, envolvida por paixões, com relatos de fácil entendimento, com a função de explicar os acontecimentos de um mundo aparentemente desordenado, alimentando e fortalecendo a identidade de um grupo, pois as forças da continuidade das narrativas míticas são possíveis, dado ao fato de relatar a própria história da comunidade.

Para um melhor entendimento fez uma analogia citando uma das principais narrativas míticas gregas, a Ilíada e a Odisséia de Homero e Hesíodo séc. IX a.C. afirmando que as narrativas fazem parte das tradições culturais e que não é produto de um autor isolado particular, que em um determinado momento sentou-se e escreveu, mas de um coletivo, exemplificando a complexidade da linguagem mítica, exemplo reforçado também pelo filósofo historiador Mircea Eliade (1907 – 1986).  

Para esclarecer a função do mito e sua contradição em compreender o mundo utilizando-se da razão, o autor apresenta como se deu a passagem do mito para a consciência filosófica. Com isso, dá-se então, a importância à consciência.

Na narrativa mítica o que se verifica é consciência submetida a uma massa, uma necessidade de identificação comunitária, da falta de um questionamento de uma narrativa abstrata, ou seja, o senso comum. No entanto, segundo o autor, a narrativa mítica torna-se fundamental, pois alimenta o imaginário humano, despertando para uma ligação entre uma coisa e outra, o que ele chama de inferência, desta forma, sendo o ponto inicial da origem existencial da filosofia, amadurecida com base na inicial consciência mítica, uma posterior percepção e explicação da contradição de uma narrativa mítica.

Assim, a consciência filosófica percebendo as contradições e limitações no interior das narrativas míticas, no caso a indignação, foi reformulando-se para uma nova explicação do acontecimento, que não seria uma ruptura, devido as raízes históricas, mas passagem de uma nova abordagem da narrativa.

Para tanto cita exemplos diferentes de abordagem entre o mito e filosofia, sendo o mito voltado para explicações de um passado imemorial, genealogias entre forças divinas, com ausência de percepção e realidade, principalmente devido a fé e confiança depositada no poeta narrador, enquanto que a filosofia busca explicar a produção da realidade, com fundamentos e métodos racionais, uma explicação coerente evitando contradições.




Perguntas interessantes