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Resposta :Rubem Braga, (1913-1990) foi um escritor e jornalista brasileiro. Tornou-se famoso como cronista de jornais e revistas de grande circulação no país. Foi correspondente de guerra na Itália e Embaixador do Brasil em Marrocos.
Rubem Braga nasceu em Cachoeiro do Itapemirim, no Espírito Santo, no dia 12 de janeiro de 1913. Seu pai, Francisco Carvalho Braga era proprietário do jornal Correio do Sul. Iniciou seus estudos em sua cidade natal. Mudou-se para Niterói, Rio de Janeiro, onde concluiu o ginásio no Colégio Salesiano.
Carreira literária
Em 1929, Rubem Braga escreveu suas primeiras crônicas para o jornal Correio do Sul. Ingressou na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, em seguida transferiu-se para Belo Horizonte, onde concluiu o curso, em 1932. Nesse mesmo ano, iniciou uma longa carreira de jornalista, que começou com a cobertura da Revolução Constitucionalista de 32, para os Diários Associados.
A seguir, foi repórter do Diário de São Paulo. Fundou a Folha do Povo, o semanário Comício e, trabalhou no Diretrizes, semanário de esquerda dirigido por Samuel Wainer. Em 1936, Rubem Braga lançou seu primeiro livro de crônicas, O Conde e o Passarinho.
Com 26 anos, já era casado com a militante comunista Zora Seljjan, mas não era filiado ao partido, mas militava ativamente na Aliança Nacional Libertadora. Depois de envolver-se em um caso amoroso impossível, decide mudar de cidade e de emprego.
Quando o cronista mudou-se para Porto Alegre, o Brasil vivia a ditadura Vargas e o mundo preparava-se para entrar em guerra. Ao por os pés em Porto Alegre, foi preso, por suas crônicas sobre o regime. Graças à pronta intervenção de Breno Caldas, dono do Correio do Povo e da Folha da Tarde, logo foi solto.
Durante os quatro meses em que ficou em Porto Alegre, Rubem Braga publicou 91 crônicas na Folha da Tarde, que foram publicadas postumamente em “Uma Fada no Front" (1994). Os escritos mostram um cronista engajado contra a ditadura Vargas e o nazismo.
À época, a luta política foi a nota dominante das crônicas da Folha, por isso, Braga teve que voltar ao Rio por causa das muitas pressões da polícia e dos círculos palacianos do Estado.
Em 1944, Rubem Braga foi para a Itália, durante a II Guerra Mundial, quando cobriu como jornalista as atividades da Força Expedicionária Brasileira. No início dos anos 50 se separou de Zora, que lhe deu um único filho Roberto Braga.
Rubem Braga foi sócio da "Editora Sabiá", e exerceu cargos de chefia do escritório comercial do Brasil no Chile, em 1955, e de embaixador no Marrocos, entre 1961 e 1963.