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Os quinze anos em que Getúlio Vargas exerceu o poder no Brasil de forma incontrastável (1930-45) têm sido objeto de diversas análises por parte de historiadores, economistas, sociólogos e estudiosos em geral. Entretanto, o que chama a atenção no recém publicado Uma das Coisas Esquecidas – Getúlio Vargas e Controle Social no Brasil / 1930-1954, de R.S. Rose, é a abrangência do trabalho. De fato, alguns autores debruçaram-se sobre um protagonista do período, como Fernando Morais, do best-seller Olga. Outros dedicaram-se a um tema específico, como a Prof. Maria Luiza Tucci Carneiro, no seu extraordinário livro sobre O Anti-semitismo na Era Vargas. Mas R.S. Rose, professor da Universidade Estadual da Califórnia, oferece ao público um trabalho que vai muito além do tema central que o título de seu livro sugere: ele traça um amplo quadro das condições e origens sociais, políticas, econômicas, históricas e familiares da Era Vargas.
A imagem que surge de Uma das Coisas Esquecidas é de fato assustadora. A perseguição implacável do regime de Vargas a seus opositores (reais e imaginários), cujos métodos envolviam fartamente o emprego da tortura, violência, deportação e assassinato, foi apenas uma das facetas, talvez a mais conhecida, desse período. Mas outros traços marcantes foram o da corrupção e da impunidade sem precedentes, cujos efeitos certamente refletem-se até os dias de hoje nos usos e costumes políticos brasileiros. É emblemático o caso de Bejo Vargas, irmão de Getúlio, personagem violento, que se envolveu em inúmeros homicídios, sem jamais responder a um único inquérito policial. E, em ao menos uma ocasião, causou uma grave crise com a Argentina, quando ele invadiu em 1933 uma cidade do País vizinho, Santo Tomé, com um bando de jagunços, onde executou guardas e saqueou casas e estabelecimentos comerciais. Resultado: o Brasil teve que pagar uma pesadíssima indenização à Argentina, de mais de 5 milhões de dólares. Bejo, entretanto, saiu do episódio sem ser incomodado.
A imagem que surge de Uma das Coisas Esquecidas é de fato assustadora. A perseguição implacável do regime de Vargas a seus opositores (reais e imaginários), cujos métodos envolviam fartamente o emprego da tortura, violência, deportação e assassinato, foi apenas uma das facetas, talvez a mais conhecida, desse período. Mas outros traços marcantes foram o da corrupção e da impunidade sem precedentes, cujos efeitos certamente refletem-se até os dias de hoje nos usos e costumes políticos brasileiros. É emblemático o caso de Bejo Vargas, irmão de Getúlio, personagem violento, que se envolveu em inúmeros homicídios, sem jamais responder a um único inquérito policial. E, em ao menos uma ocasião, causou uma grave crise com a Argentina, quando ele invadiu em 1933 uma cidade do País vizinho, Santo Tomé, com um bando de jagunços, onde executou guardas e saqueou casas e estabelecimentos comerciais. Resultado: o Brasil teve que pagar uma pesadíssima indenização à Argentina, de mais de 5 milhões de dólares. Bejo, entretanto, saiu do episódio sem ser incomodado.
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