Filosofia, perguntado por martaelisarteixeira, 9 meses atrás

faça um breve resumo sobre como a concepção de liberdade vem mudando desde a Antiguidade até os dias atuais.

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Respondido por miisoto09
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Resposta:

primeiro é a liberdade como forma de vida do Estado e do indivíduo no Estado e na sociedade.

Diferente dessa, vem em segundo lugar a liberdade como pressuposto de toda ação eticamente responsável e, por isso, serão consideradas sobretudo as limitações que, justamente, de muitos lados, restringem essa liberdade.

Em terceiro lugar, perguntar-se-á como, na perspectiva cosmológica e teológica, pode-se afirmar a liberdade da ação humana.

Acima de tudo, não nos vamos esquecer de que, na antiguidade e hoje, a liberdade é considerada um fim valiosíssimo que tem mobilizado tanto o indivíduo como a sociedade e, finalmente, a história mundial no seu conjunto. Com isso também, põe-se imediatamente o seguinte problema: O moderno conceito de liberdade se diferencia do que tinham os antigos? Até que ponto?

Como primeiro desses três complexos, está bem no primeiro plano a liberdade do ser do Estado.

O povo grego, como qualquer outro, gostava pouco de estar submetido a um déspota estrangeiro, ter que receber ordens e pagar tributos. Assim, primeiro lutaram contra os lídios, a seguir contra o Grande Rei persa, depois contra macedônios e finalmente contra os romanos. Várias vezes, aliás, os romanos tornaram indecisas as frentes de guerra e se ofereceram aos gregos da mãe pátria que estavam em dificuldades como defensores da liberdade grega contra os reis helenísticos do norte, do leste e do sul. Assim torna-se patético, em regra geral, recorrer ao já referido par de conceitos e(leuqeri/a-doulei/a que, como foi dito, originalmente pertence ao direito civil e não ao direito do Estado. Especialmente a forma de dominação à qual os gregos procuram submeter os bárbaros do oriente é interpretada como o domínio de um despo/thj sobre dou=loi. Considerada a questão de outro ângulo, os gregos são basicamente vistos como homens livres, enquanto os bárbaros, aos olhos de todos, são dou=loi, já no âmago do seu ser ; assim, como se sabe, os gregos legitimaram a sua pretensão ao domínio sobre os bárbaros (Arist. Pol., 1252 b 5-9).

Mais precisos e de conteúdo mais rico são dois outros conceitos que já aqui devem ser incluídos.

O primeiro é o de autonomia, atestado primeiro em Heródoto (I, 96 e 8, 140), depois em Tucídides, como era de esperar, mais tarde nas Helênicas de Xenofonte e em outros textos; característico da elocução de Sófocles é que ele o aplique a Antígona que, em seguida a um desafio concebido unicamente por ela e confirmado por sua livre vontade, caminha para a morte (Ant. 821). O conceito pode ser designado como termo técnico. Indica o direito que um Estado tem de administrar os seus negócios conforme leis que ele, aliás, não inventou arbitrariamente, mas, antes, exclusivamente por sua livre decisão, decidiu respeitar; nem permite copiar de estrangeiros suas leis, nem depende de leis impostas por eles.

A definição parece banal, mas leva-nos a suspeitar que na autonomia já se inclui um aspecto fundamental do conceito grego de liberdade. Liberdade é aquela condição na qual um Estado (ou então também um indivíduo) nem é dependente da vontade de outro nem precisa do auxílio de outro, mas, sob determinadas condições de uma ordem política ou ética, escolhe por sua própria ponderação aquilo que reconhece como obrigatório para si. Sendo o primeiro resquício de liberdade da Antiguidade até hoje que vem quebrando regras antigas e preconceitos enraizados.  

Explicação:

espero ter te ajudado. :)

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