Faça a leitura do texto “FENOMENOLOGIA E
CONSCIÊNCIA” e, em uma folha separada, faça um
resumo (mínimo 10 linhas)
“Embora o termo [Fenomenologia] já tenha sido utilizado
por Hegel, em sua obra Fenomenologia do Espírito, onde
o termo designa aparição ou manifestação do Espírito, é
com o filósofo alemão Edmundo Husserl que o termo
assumiu o peso de um método próprio de se pensar, de
se fazer filosofia, ou ainda de se fazer ciência. Para
Husserl, não se pode ter certeza de qualquer teoria se ela
não for construída em solo seguro, em algum dado
indubitável, numa evidência que não se possa questionar.
Essa evidência, segundo ele, é a da consciência, ou seja,
algo que possamos conhecer, pensar, dizer, sentir, enfim,
qualquer ideia ou representação que se faça do mundo,
se dá, antes de tudo, na consciência. O homem se define
não apenas por ser racional, mas fundamentalmente, por
ter consciência de si e do mundo. Consciência, aqui, não
significa um ‘saber o que estou fazendo’, em termos
psicológicos como contrário de inconsciente. Também
não se pode pensar consciência como um fato puramente
mental, em oposição ao corpo, ao físico. Consciência deve
ser compreendida como modo próprio do homem ser e
perceber o mundo, enquanto totalidade física, mental,
espiritual, emocional, racional e qualquer outra dimensão
que se queira associar aqui. Consciência não é apenas um
meio pelo qual algum objeto (o homem) conhece uma
coisa (o mundo), como instâncias separadas. Portanto,
não há uma realidade pura, isolada do homem, mas a
realidade enquanto ela é percebida, que se dá à
consciência humana. A partir disso é que se pode
raciocinar, calcular, poetizar, agir, etc... A consciência é
sempre consciência de alguma coisa, reza o princípio
fundamental da Fenomenologia. Ela estuda a consciência
em si mesma, no ato do conhecimento. Ela é, num sentido
mais geral, a descrição de um conjunto de fenômenos que
se dão no tempo e no espaço e que se dispõe à
consciência humana. Os empiristas diziam que a essência
das coisas é inacessível ao pensamento, e que este se
constrói a partir de experiências. O risco do empirismo é
de cair na falta de certezas absolutas, válidas
universalmente, ou seja, num ceticismo, além de retirar
da mente, da razão, um papel preponderante no ato do
conhecimento. Os idealistas, ao contrário, admitiam que
o pensamento pode chegar a contemplar a essência, pois
a mente humana possui condições a priori (as categorias
de Kant, por exemplo), isto é, anterior a qualquer
experiência, que a possibilita pensar conceitos universais.
O seu risco é deixar o conhecimento à mercê da mente
humana, numa atividade puramente psicológica
(psicologismo). A fenomenologia, por seu turno, quer
superar esse dualismo. Segundo Husserl, tanto a
experiência, quanto a universalização da metafísica, só
fazem sentido e se organizam enquanto representações
na consciência humana. Portanto, é a partir dela que
devemos compreender como se dá o conhecimento. Se
na concepção clássica, seja no empirismo ou no
idealismo, o sujeito está separado do objeto no ato do
conhecimento, para a Fenomenologia, eles estão numa
relação indissociável. A consciência está entrelaçada com
o mundo. Perceber é perceber o mundo, no mundo. Não
é apenas um ato imaginativo, psicológico; nem uma pura
recepção de sensações advindas da experiência, ou ainda
um ato reflexivo-racional. Perceber é um movimento,
uma atividade, é uma contemplação, com forte caráter
emotivo. Isso quer dizer que a percepção do mundo
sempre se dá com um caráter motivado: percebo aquilo
que mais me chama a atenção, aquilo que quero. O
mundo é captado, segundo Husserl, sempre em
perspectiva, ou seja, sempre em relação a... e nunca
absolutamente. A percepção não consegue, por esse
motivo, apreender a realidade em sua totalidade.”
Soluções para a tarefa
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Resposta:
legal
Explicação:
o brigados pelos pontos
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